O Clube Náutico Capibaribe recebeu uma proposta vinculante de um grupo argentino interessado em adquirir 90% da SAF do Náutico.
O acordo prevê R$ 400 milhões em investimentos no futebol ao longo de dez anos.
Essa operação seria a segunda maior negociação do Nordeste dentro do modelo de SAF, ficando atrás apenas da venda do Bahia para o Grupo City.
Investimento coloca SAF do Náutico entre os maiores do país
Com um aporte médio previsto de R$ 40 milhões por temporada, a SAF do Náutico poderia mudar o patamar do clube.
Dobrar seu orçamento anual além de viabilizar estrutura e elenco mais competitivos são só alguns dos fatores.
Embora o contrato ainda não detalhe os valores mínimos por ano, a cifra total coloca o Timbu à frente de outras equipes do Nordeste em termos de captação de recursos privados.
O Bahia, por exemplo, recebeu aproximadamente R$ 500 milhões para o futebol, dentro de um pacote total de R$ 1 bilhão com o Grupo City.
Até o momento, nenhum outro clube tradicional da região — como o Ceará, que ainda não aderiu ao modelo de SAF — conseguiu atrair proposta semelhante.
Modelo de cessão de CT agrada conselheiros e reduz riscos patrimoniais
Um dos principais atrativos do novo modelo está na manutenção da posse do Centro de Treinamento Wilson Campos.
Enquanto a proposta anterior, do Consórcio Timbu, previa a transferência de 47 hectares para a SAF, a oferta argentina sugere apenas a cessão de uso da estrutura.
Isso, portanto, preserva o patrimônio do clube social e reduz a resistência entre os conselheiros.
Além disso, a nova proposta foi apresentada ao presidente Bruno Becker e encaminhada à Comissão Especial do Executivo.
A comissão inclui representantes do Conselho Deliberativo do Náutico e membros jurídicos responsáveis pela recuperação judicial do clube.
Clube quer avaliar outras propostas antes de fechar acordo
Ainda assim, a diretoria do Náutico optou por não assinar nenhum contrato com exclusividade neste momento.
Com o aumento no número de sondagens, o clube deseja manter aberta a concorrência para negociar melhores termos e garantir que qualquer acordo esteja alinhado com as exigências do Conselho Deliberativo.
Caso a proposta argentina não atenda aos critérios mínimos definidos anteriormente, ela não será levada a votação, reforçando o compromisso com uma SAF financeiramente sólida e juridicamente segura.