IPCA de 4,8%

Santander projeta inflação e Selic mais altas em 2025

O banco projeta um IPCA de 4,8%, percentual acima da margem de erro da meta do BC

Banco Santander (SANB11)
Banco Santander (SANB11) / Foto: Divulgação

O Santander passou a projetar uma inflação acima da meta do BC (Banco Central) na atualização do cenário macroeconômico do banco, divulgada nesta sexta-feira (22). Segundo o documento, a previsão para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ao final de 2024 é de 4,8%.

O percentual está acima da projeção anterior, de 4,4%, e supera a meta de inflação do BC, de 3% com margem de erro de 1,5% para cima ou para baixo. Para 2025, o banco prevê um IPCA de 4,3%, ante 3,9% na expectativa anterior.

A alta foi baseada na projeção de um aumento nos preços de serviços e alimentação no domicílio, puxada pela proteína, uma vez que o preço do boi subiu quase 40%.

Além disso, o banco elevou suas previsões para a taxa Selic de 10,50% para 12,00% ao fim de 2025, prevendo que, em seu ponto máximo, o percentual deve chegar a 13,00% no ano que vem, caso o BC mantenha a tendência atual. O banco prevê altas de 50 pontos-base até março e mais 25 pontos em maio.

O BC vem seguindo essa trajetória desde setembro, reagindo a expectativas de aumento da inflação além do esperado anteriormente e maior atividade econômica. Atualmente, a Selic está em 11,25%.

Para o PIB, as projeções do Santander se mantiveram estáveis, em 3%. Para 2025, a previsão é de crescimento de 1,8%, ante 1,5% na projeção do último cenário. O aumento foi baseado nas boas perspectivas para a agropecuária.

Santander (SANB11) tem lucro de R$ 3,664 bi no 3TRI24, alta anual de 34%

Santander (SANB11) reportou um lucro líquido gerencial de R$ 3,664 bilhões no terceiro trimestre de 2024, montante 34,3% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2023. Já o lucro societário foi de R$ 3,548 bilhões.

A margem financeira, por sua vez, atingiu R$ 15,2 bilhões, um aumento de 15,8% na base anual.

O ROAE (retorno sobre o patrimônio líquido), um importante indicador de lucratividade, subiu 3,9 pontos porcentuais em um ano, para 17%.

As provisões com devedores duvidosos (PDDs) somaram R$ 5,884 bilhões. Enquanto isso, a receita total foi de R$ 20,561 bilhões, um incremento de 15,1% em relação ao 3TRI23.

As despesas administrativas atingiram R$ 3,431 bilhões no trimestre, alta de 3,9% na base anual. Os ativos totais somaram R$ 1,285 trilhões em setembro de 2024, crescimento de 10,6%, refletindo a expansão da carteira de crédito e de títulos e valores mobiliários.

A carteira de crédito totalizou R$ 535,958 bilhões no 3T24, um aumento de 10,6% na comparação ano a ano.

Na avaliação de Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank, o lucro, ROE vieram acima do esperado, enquanto a carteira de crédito do Santander ficou em alinha do esperado, configurando um “bom resultado”.

“A inadimplência ficou estável, a carteira de crédito ampliada teve aumento, principalmente para financiamento de veículos. Acredito que deve ter uma reação positiva, se o mundo ajudar, porque está entregando resultado ligeiramente melhor, e com viés dentro ainda positiva”, afirmou.

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