Lucros milionários

Senado aprova projeto e Brasil terá nova estatal espacial

O plano foi aprovado na quinta-feira (12) e para os militares do Brasil, aumentará expressivamente a receita gerada por missões espaciais

Foto: CanvaPro
Foto: CanvaPro

Considerada uma vitória para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Congresso Nacional aprovou o plano de desenvolvimento da indústria espacial do Brasil. A votação para a criação de uma empresa estatal para fornecer serviços de lançamento de foguetes ocorreu na quinta-feira (12). 

O plano que, na visão de militares do Brasil, aumentará expressivamente a receita gerada por missões espaciais. Agora, a legislação seguirá para sanção de Lula quando o mesmo retomar as atividades após uma cirurgia de emergência no cérebro realizada nesta semana.

Lula teve hemorragia cerebral decorrente da queda decorrente da queda que sofreu no banheiro do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, em outubro. O presidente terá alta do hospital no início da próxima semana, segundo os médicos.

A através do PL será criada a Alada – Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil – que poderá negociar lançamentos com empresas privadas. A argumentação dos que defendem o projeto é que o Brasil tem potencial para ser explorado nesse setor. 

O Centro de Lançamento de Alcântara do governo federal fica localizado em uma área costeira pouco povoada próxima ao Equador e tem maior capacidade de lançamento do que Cabo Canaveral e outros três centros dos EUA juntos, foi o que apontou Rodrigo Alvim, Tenente-Brigadeiro, durante uma audiência no mês passado.

“O Brasil tem a posição mais privilegiada do mundo para lançar satélites em órbitas equatoriais […] Tem infraestrutura, está pronto para atrair esses investimentos”, disse ele, de acordo com a “Bloomber”.

Os acordos do Brasil com empresas do segmento ocorreram sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em termos que incluiam a Virgin Orbit, de Richard Branson, para usar Alcântara. 

Porém, eles não chegaram a ter muita atividade, pois a Virgin Orbit entrou em falência no ano passado.

Em quatro décadas foram realizadas 500 operações de lançamento no Brasil, mas apenas uma foi de uma empresa privada, a sul-coreana Innospace, em 2023, segundo o veículo de notícias. 

Apesar dos planos de missões da Innospace em 2025, segundo Alvim, a legislação brasileira não permite lucros para o governo. Sendo assim, o contrato da Innospace exige apenas o pagamento de R$ 250 mil (US$ 41.500) por lançamento, disse o tenente-brigadeiro.

As empresas estatais, no entanto, não têm essas restrições e a Alada poderia obter até R$ 7,5 milhões em receita por missão, segundo ele.

Petróleo fortalece o Brasil como notável player global de exportação

O resultado da balança comercial brasileira, divulgado na semana passada, mostrou que o petróleo se tornou a commodity mais exportada do País. Para especialistas, isso fortalece o Brasil como um novo player mundial do setor e puxa mais investimentos externos.

Conforme dados disponibilizados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, de janeiro a novembro o petróleo desbancou a soja de forma inédita na série histórica e se tornou o principal produto da exportação brasileira. 

No período de 11 meses, o embarque da commodity somou o valor de US$ 42,76 bilhões, o que representa um avanço de 9,5% contra o mesmo período do ano passado. 

Na visão de Bruno Carlos de Souza, CEO da Souzamaas, quando se trata especialmente do petróleo cru de alta qualidade, esses dados consolidam o Brasil como um importante player global. 

“Isso atrai investimentos internacionais e posiciona o país como um fornecedor estratégico, especialmente para regiões como Ásia e Europa. Além disso, a diversificação de mercados compradores aumenta a resiliência econômica diante de oscilações no mercado global”, disse o executivo em resposta ao BP Money.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile