Nova paralisação será dia 24

Servidores da CVM decidem realizar paralisação nesta quarta-feira

"As carreiras da CVM foram as únicas, até o momento, a deliberar pelo não aceite do termo de compromisso”, declarou o sindicato.

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Foto: Divulgação

Os servidores da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) comunicaram, através do SindCVM, que irão realizar uma paralisação nesta quarta-feira (17). O movimento é realizado em protesto à ausência de uma resposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos referente à demanda dos técnicos.

As reivindicações foram apresentadas em setembro de 2023 e não foram chamados de volta, ao passo que outras negociações no âmbito Executivo avançavam.

O sindicato viu o ato como um sinal de que outras assimetrias salariais entre carreiras de Estado estão sendo criadas.

“A insatisfação também é relativa à proposta apresentada na negociação geral, de reajuste zero e atualização dos benefícios em valores bem abaixo do pleiteado na pauta conjunta. As carreiras da CVM foram as únicas, até o momento, a deliberar pelo não aceite do termo de compromisso”, declarou o sindicato, de acordo com o “Valor”.

Caso não haja movimentações do governo, as carreiras vão realizar paralisação no dia 24 de abril e votar o indicativo de greve no dia 30.

Servidores da CVM rejeitam proposta apresentada pelo governo

Em comunicado publicado na terça-feira (17), os servidores da CVM rejeitaram a proposta apresentada pelo governo na MNNP (Mesa Nacional de Negociação Permanente). Na agenda, também foi decidida a manutenção das paralisações dos dias 17 e 24 de abril.

A AGE (Assembleia Geral Extraordinária) do sindicato considerou a proposta insuficiente e excludente, pois não foi apresentado um percentual de reajuste. Além disso, o texto não alcança os aposentados e pensionistas da classe.

“Está claro que as categorias mobilizadas, as categorias em luta, mantendo firme suas proposições, estarão aptas a conseguir do governo algum resultado positivo. Nós não devemos abrir mão das mobilizações”, disse em nota o presidente do sindicato, Oswaldo Molarino Filho.

Na véspera, foi realizada uma nova AGE para debater as diretrizes relativas à negociação da pauta especifica com o governo.