Turbulência

Setor aéreo brasileiro tem atraso de 1 ano em crédito de R$ 4 bi

Atraso na liberação de R$ 4 bi compromete recuperação do sistema aéreo brasileiro. Azul cita demora em pedido de reestruturação.

Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4)
 Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) / Divulgação

O sistema aéreo brasileiro enfrenta mais um revés. 

O crédito emergencial de R$ 4 bilhões, aprovado pelo Congresso em 2024, só deve ser liberado em setembro de 2025. 

Inicialmente, o governo havia prometido que os recursos estariam disponíveis em agosto. 

No entanto, adiou novamente a liberação, o que compromete a recuperação das companhias aéreas, já fragilizadas desde a pandemia.

Apesar do avanço técnico, crédito ao sistema aéreo brasileiro ainda não saiu

O Ministério de Portos e Aeroportos confirmou o novo prazo após ser questionado pela imprensa. 

Embora o comitê gestor já tenha avançado na regulamentação do programa, o dinheiro continua indisponível. 

Por isso, as empresas seguem esperando para aplicar os recursos em ações sustentáveis, crescimento de frota e fortalecimento da aviação regional.

Como consequência do atraso, Azul pede reestruturação nos EUA

A Azul entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. 

Segundo a empresa, a ausência do crédito público comprometeu sua capacidade de captar os US$ 800 milhões necessários. 

Embora tenha arrecadado US$ 500 milhões com investidores privados, a companhia não conseguiu completar a operação. Assim, recorreu ao Chapter 11.

Por causa da burocracia, setor cobra decisões mais rápidas

Executivos do setor alertam: a demora pode provocar novas crises. 

O sistema aéreo brasileiro, que já enfrenta juros altos e dólar em alta, agora sofre também com desastres naturais. 

As enchentes no Sul, por exemplo, causaram queda de 10% na receita de algumas companhias. Portanto, medidas urgentes são necessárias.

Sistema aéreo brasileiro ainda sente impactos da pandemia

De acordo com o ministro Silvio Costa Filho, a pandemia reduziu drasticamente a produção de aeronaves no mundo. 

Como resultado, as empresas brasileiras ainda têm dificuldades para renovar suas frotas. 

Mesmo com o avanço da vacinação e a reabertura do mercado, a recuperação total do sistema aéreo brasileiro continua lenta e depende da liberação imediata dos recursos prometidos