Aponta Índice Abrasel-Stone

Setor de bares e restaurantes tem recuo de 1,6% em abril

Queda nas vendas em abril reflete oscilações sazonais e efeitos pós-carnaval, segundo novo relatório da Abrasel e Stone

Foto: Freepik
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Apesar do bom desempenho registrado em março, o setor de bares e restaurantes viu suas vendas caírem 1,6% em abril, conforme dados divulgados pelo Índice Abrasel-Stone, que acaba de ser relançado por meio de uma parceria entre a Stone e a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).

Na comparação com abril de 2024, a retração foi de 1,7%, evidenciando a instabilidade recente no consumo fora do lar.

Desenvolvido para oferecer uma visão atualizada do setor de alimentação fora do lar, o Índice Abrasel-Stone acompanha mensalmente a performance dos estabelecimentos com base na estrutura de dados da Stone em 24 estados do país.

Agora em uma nova fase, o índice passa a fornecer análises mais aprofundadas, em formato de relatório digital, com conteúdos exclusivos e insights estratégicos voltados a empreendedores do setor.

O material será publicado regularmente nos portais da Abrasel e da Stone, democratizando o acesso à inteligência de mercado.

Indicador acompanha oscilações do setor em meio a fatores sazonais

O comportamento do setor neste ano tem se mostrado mais instável do que o observado no comércio em geral, como destaca Matheus Calvelli, cientista de dados da Stone.

“Diferentemente do comércio, que vem apresentando sinais claros de arrefecimento desde dezembro, o setor de bares e restaurantes vem registrando ao longo de 2025 resultados mais voláteis. Neste contexto, a queda mensal de 1,6% de abril ocorreu após alta de 3% em março, o que torna uma leitura de tendência de queda prematura”.

Para ele, o Índice Abrasel-Stone surge como uma ferramenta importante para que empreendedores acompanhem essas flutuações com mais precisão e ajustem suas estratégias de forma mais eficaz.

Entre os fatores que influenciaram o resultado de abril, estão eventos sazonais e ajustes de preços. “Abril foi um mês um pouco atípico.

O feriadão de Páscoa e Tiradentes trouxe movimento às cidades mais turísticas, mas tirou volume das localidades de negócios. Também foi um mês de ressaca do carnaval, que movimentou o setor em março.

Dados de inflação mostram ainda que os estabelecimentos fizeram uma recomposição nos preços dos cardápios, que estavam muito defasados. Isso pode ter tido algum efeito no movimento.

Maio e junho costumam ser meses bons, com datas fortes como o Dia das Mães e o Dia dos Namorados. Vamos acompanhar, esperando que a queda se reverta”, avalia Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.