Reunião marcada?

Tarifaço: Lula reafirma diálogo após aceno de Trump

Lula reafirma diálogo com os EUA após tarifas de 50%. Trump se dispõe a negociar, mas mantém críticas às autoridades brasileiras.

Foto: Ricardo Stuckert/ Planalto e Reprodução/ Facebook/ Donald Trump
Foto: Ricardo Stuckert/ Planalto e Reprodução/ Facebook/ Donald Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirma seu compromisso com o diálogo aberto junto aos Estados Unidos, mesmo após a imposição do tarifaço comercial elevado sobre produtos brasileiros. O assunto ganhou força após o presidente norte-americano Donald Trump expressar disposição para conversar com Lula.

Lula mantém diálogo aberto e tenta reverter tarifaço

Na noite de sexta-feira (1º), Lula publicou nas redes sociais que o Brasil continua aberto a negociações. Ele ressaltou: “Quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições”.

Além disso, o presidente destacou que o governo atua para proteger a economia, as empresas e os trabalhadores contra as medidas tarifárias impostas pelos EUA.

Assim, o Brasil busca minimizar os impactos econômicos causados pela tarifa de 50% sobre diversos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos.

Trump demonstra disposição para diálogo, mas critica autoridades brasileiras

Horas antes da declaração de Lula, Donald Trump afirmou que está disponível para conversar com o presidente brasileiro. “Ele pode me ligar a hora que ele quiser”, disse Trump. Quando questionado sobre as negociações, respondeu: “Vamos ver o que acontece”.

Entretanto, Trump criticou as autoridades brasileiras envolvidas nas ações que motivaram as tarifas, alegando que “as pessoas que governam o país fizeram a coisa errada”.

EUA estabelece novo tarifaço para diversos países

Na quinta-feira (31), Trump assinou uma ordem executiva que define novas tarifas para dezenas de países, com vigência a partir de 7 de agosto. O Brasil recebeu a maior tarifa, de 50%, enquanto a Argentina conseguiu a menor, 10%.

Para países com déficit comercial significativo em relação aos EUA, as tarifas variam entre 10% e 41%, dependendo da negociação. Por exemplo, o Canadá sofreu aumento e passará a pagar imposto de 35%.

Contexto político e impactos econômicos influenciam a disputa tarifária

A Casa Branca vinculou as tarifas a processos judiciais contra aliados de Trump, como o ex-presidente Bolsonaro, acusado de planejar golpe eleitoral. Esse cenário político dificulta as relações comerciais e reforça a aplicação das tarifas.

Por isso, o governo brasileiro prioriza o diálogo para reduzir os impactos sociais e econômicos causados pelas medidas unilaterais dos EUA.