A extinta companhia aérea Varig fechou, na quinta-feira (26), um acordo com a AGU (Advocacia-Geral da União) para quitar R$ 575 milhões em dívidas com o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) de ex-funcionários, segundo informações da “Exame”. O acordo vai beneficiar 15 mil trabalhadores com valores pagos à vista.
A quitação foi possibilitada por um acordo fechado em março, que definiu que a União vai pagar R$ 4,7 bilhões à massa falida da companhia, como indenização por prejuízos gerados pela política tarifária do Plano Cruzado, entre 1985 e 1992, quando os preços das passagens aéreas foram congelados.
A negociação para o acordo de R$ 4,7 bilhões, iniciada em maio de 2021, teve três anos de duração, sob condução da CCAF/AGU (Câmara de Mediação e Conciliação da Administração Pública Federal da AGU). O processo foi requerido pela administradora da massa falida da Varig.
Os precatórios judiciais da indenização já foram expedidos pela Justiça Federal do Distrito Federal e têm pagamento previsto para 2025.
A Varig começou seu processo de recuperação judicial em junho de 2005, já com uma dívida de R$ 5,7 bilhões. Em 2006, foram demitidos 5 mil funcionários da companhia em um só dia, com uma redução significativa da frota. Nesse mesmo ano, a empresa começou a operar com apenas sete destinos e dez aviões.
Durante o processo, a companhia se dividiu entre a “nova Varig”, comprada pela Volo Brasil e vendida posteriormente para a Gol em 2007; e a “antiga Varig”, que ficou com as dívidas.
A empresa tentou, ainda, lançar a companhia aérea Flex para ajudar na recuperação, mas o empreendimento também não teve sucesso e a Varig decretou falência em 20 de agosto de 2010.
Acidente aéreo na Coreia do Sul deixa 176 mortos
Um desastre aéreo na Coreia do Sul causou 176 mortes confirmadas neste domingo (29). Um Boeing 737-800, em voo comercial da Jeju Air, transportava 181 passageiros (a maior parte deles sul-coreanos) e tentou pousar no sentido contrário após um alerta de emergência, segundo informações da “Exame”.
Do total, sabe-se que dois tripulantes sobreviveram.
O acidente ocorreu no Aeroporto Internacional de Muan, a 290 quilômetros de Seul, capital da Coreia do Sul. O voo havia partido do aeroporto Suvarnabhumi de Bangkok, na Tailândia, e bateu com uma barreira de proteção após sair da pista durante o pouso.
A tentativa de pouso ocorreu às 9h03 (horário local de Seul), quando o avião tentou chegar ao solo sem o trem de aterrissagem adequadamente posicionado, segundo informações da EFE. Das 181 tripulantes, somente dois, que estavam na parte de trás do avião, sobreviveram. Três pessoas ainda estão desaparecidas.
Após o sinal de socorro, a torre de controle autorizou a aeronave a pousar no sentido contrário, disse o diretor da Oficina de Políticas de Aviação, Joo Jong-wan, em coletiva de imprensa.
Este é um dos acidentes aéreos mais graves da história recente da aviação na Coreia do Sul, em meio a uma crise política no país, iniciada quando o presidente, Yoon Suk-yeol, tentou instaurar lei marcial.