O setor de ativos digitais tem tomado o centro das discussões econômicas globais. A busca pela compreensão e regulamentação tem sido uma das principais metas dos governantes de todo mundo, sobretudo da América Latina.
Isabel Sica Longhi, diretora de Políticas Públicas e Assuntos Regulatórios para a América Latina da Ripple – empresa de pagamentos e transações financeiras globais com segurança blockchain -, disse em entrevista exclusiva ao portal BP Money como a região tem abordado a questão regulatória.
“O cenário acontece simultaneamente em quase todos os países da América Latina. Cada país está em um momento diferente e seguindo caminhos distintos, mesmo que com diretrizes gerais semelhantes”, cita Isabel. “O Brasil e a Argentina tem seguido o mesmo caminho: entender, primeiramente, o setor, antes de regulamentar.”
Perguntada sobre perspectivas futuras ela comenta: “Regulação de stablecoins tem sido uma prioridade. Muitos países ainda possuem regulações abrangentes e precisam de maior detalhamento. Além disso, a emissão de tokens nativos em blockachain. Porém, acredito que estamos no caminho certo na América Latina nessas discussões regulatórias”, diz Isabel.
Quem é Isabel Sica Longhi?
Com mais de 12 anos de experiência em regulação de pagamentos, finanças tech e proteção de dados, Isabel Sica Longhi foi contratada pela Ripple em abril deste ano para atuar como diretora de Políticas Públicas e Assuntos Regulatórios para a América Latina.
Na companhia, Isabel lidera a atuação institucional da Ripple na região, trabalhando na colaboração com governos, reguladores e outros participantes do setor de ativos digitais.
Seu foco tem sido apoiar o desenvolvimento de marcos regulatórios e ampliar a discussão sobre o futuro dos ativos digitais, além de contribuir com as iniciativas jurídicas e de compliance da empresa em toda a América Latina.