BlockChain RIO 2025

Relator do Drex defende avanço da moeda digital no blockchain

Relator do projeto do Drex no Senado, parlamentar afirma que “não pode haver tabus” ao discutir temas como moedas digitais e segurança do processo eleitoral

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Em participação no Blockchain Rio 2025, realizado nesta quarta-feira (6), o senador Carlos Portinho (PL-RJ), relator do projeto sobre o Drex no Senado Federal, defendeu um debate mais aberto sobre o uso de novas tecnologias no sistema financeiro e eleitoral brasileiro.

Para ele, assuntos como blockchain, stablecoins e moedas digitais soberanas não devem ser tratados como tabus.

“Graças a Deus, nós temos autonomia no Banco Central”, afirmou o parlamentar, elogiando a atuação da instituição e citando nomes como Gabriel Galípolo, atual presidente do BC, e Roberto Campos Neto, seu antecessor, como figuras centrais no avanço da agenda tecnológica da autoridade monetária.

Segundo Portinho, o Drex, nome dado ao real digital em desenvolvimento pelo BC, representa uma mudança inevitável e necessária.

“Os governos estão sendo empurrados pela sociedade para discutir as criptomoedas. Não podemos ficar para trás”, declarou.

O senador também criticou o receio de discutir o uso da tecnologia blockchain no sistema de votação eletrônica brasileiro, defendendo sua adoção como forma de ampliar a segurança e a integridade do processo eleitoral.

“O voto é do cidadão e tem que ser inviolável. E por que não atualizar as urnas, usando o blockchain no seu background?”, questionou.

O senador citou exemplos internacionais, como EUA e El Salvador, que já vêm experimentando o uso de stablecoins e moedas digitais em suas economias.

No Brasil, ele lembrou que já tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que propõe a possibilidade de o governo manter parte de suas reservas em moedas digitais.

“Isso não é mais o futuro, é o presente. E tudo isso tem que ser discutido”, reforçou o parlamentar.

Ao final de sua fala, Portinho passou a palavra ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, a quem chamou de “nosso convidado especial”, e destacou o protagonismo da autoridade monetária nos testes com o Drex e outras tecnologias emergentes.