O superintendente de Desenvolvimento de Mercado para Emissores da B3 (B3SA3), Fernando Mota, declarou na manhã desta terça-feira (26) que a nova regulação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), chamada FASSO, “de fato facilita a entrada de empresas no mercado de valores mobiliários”.
“Acreditamos que esse novo regime, criado pela CVM, removerá barreiras para um universo de empresas que antes enfrentavam obstáculos para ingressar no mercado de capitais”, afirmou Mota, durante o 3º Seminário de Governança do Nordeste, realizado em Salvador (BA).
Ele acrescentou que espera que a regulamentação entre em vigor no início do próximo ano, e que a B3 está se preparando, juntamente com as empresas, para facilitar o acesso a esse mercado em breve.
“A bolsa de valores é um mercado em constante transformação, com diferentes aspectos ganhando destaque a cada ano. No Brasil, observamos um crescente interesse pelo tema, e as oportunidades são vastas”, disse.
Mota explicou que a elevação do número de investidores é um ponto crucial. Apesar de o mercado interno ser considerável, o percentual da população brasileira que investe na bolsa ainda é baixo. “Uma das principais oportunidades de desenvolvimento reside na educação do investidor, fornecendo informações claras sobre as opções de investimento para que as pessoas considerem a bolsa como uma alternativa”, pontuou.
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Comparação entre países
Em relação a outros países com economias semelhantes à do Brasil, percebe-se um percentual maior da população investindo. Ampliar o acesso ao mercado é, portanto, um objetivo importante.
“É fundamental desmistificar a ideia de que é necessário um investimento inicial elevado para participar da bolsa”, afirmou Mota.
Ele também destacou que não há um valor mínimo estabelecido, e que é possível investir com valores acessíveis, incluindo aplicações via Tesouro Direto, onde a B3 desempenha papel relevante.
“No que diz respeito à governança, tema central nos eventos sobre o mercado de investimentos, ela tem se mostrado cada vez mais importante, especialmente no contexto brasileiro, que demonstra crescente preocupação com questões ESG (Ambientais, Sociais e de Governança) e práticas de compliance”, concluiu.
