O presidente da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras), Luiz França, acredita que o brasileiro ainda deseja adquirir casa própria. A declaração vem após a Abecip, instituição que reúne entidades operadoras de crédito imobiliário no Brasil, estimar que a piora econômica levará a uma queda de 15% a 20% nos financiamentos.
Uma pesquisa divulgada pela Abrainc mostra que 46% dos entrevistados planejavam a compra de um imóvel no terceiro trimestre de 2024. O número representa alta de dez pontos percentuais em comparação aos 36% que alegaram intenção de compra no mesmo período de 2023, as informações foram apuradas pelo portal Veja.
Segundo França, apesar da sequência de alta nos juros promovida pelo BC (Banco Central) iniciado em setembro, a porcentagem de pessoas que queria comprar um imóvel crescia, apesar do crescimento dos juros. A pesquisa ainda mostrou que 37% daqueles que sonhavam com a casa própria queria sair do aluguel.
O presidente ainda salienta que mesmo se 2024 concluisse com uma Selic em 15%, os juros cobrados no mercado imobiliário não chegariam ao mesmo patamar. “Essas pessoas comprarão um imóvel, independentemente da alta dos juros.” , afirma.
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Por trás da volatilidade que permeia a bolsa brasileira, os FIIs (fundos de investimento imobiliário) se mostram como oportunidades de ganho de capital futuro e dividendos. A avaliação é de especialistas e vem mesmo após o BC (Banco Central) anunciar a Selic (taxa básica de juros) em 13,25% ao ano na última quinta-feira (29).
O Ifix, índice de fundos imobiliários da bolsa brasileira, já perdeu mais de 4% e voltou a cair, ficando abaixo dos 3.000 pontos após uma pequena recuperação em dezembro. A analista da Rio Bravo Investimentos, Isabela de Almeida, declarou que, mesmo neste cenário, o dividend yield médio do índice de fundos imobiliários é de 12,5% ao ano — um pouco superior ao valor da Selic antes do último ajuste.
“O mercado imobiliário tem apresentado bons números. Nos segmentos de lajes corporativas e logística, por exemplo, houve uma queda na taxa de vacância, absorção líquida positiva e um aumento do preço de locação de diversos imóveis em regiões primárias”, disse Almeida, de acordo com o InfoMoney.
