O Brasil deve registrar um superávit comercial de US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões em 2022, de acordo com as estimativas iniciais feitas pelo presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro.
Nas estimativas da AEB, para este ano é esperado um saldo recorde de US$ 59 milhões. Castro destacou que o saldo de 2021 uma ‘’obra do acaso’’, uma vez que o crescimento do superávit será baseado principalmente na disparada das cotações das commodities, que respondem atualmente a 70% da pauta de exportação do país.
Segundo ele, não é um resultado estruturalmente construído e que os manufaturados terão que ser reinseridos na pauta. Nos anos 2000 as manufaturas respondiam por 59% das exportações brasileiras, este ano devem ser de apenas 26%.
A expectativa da AEB é que tanto as exportações quantos as importações aumentem cerca de 35% em valor dos últimos dois anos. Já em volume, as vendas externas do país devem avançar apenas entre 3% e 4% em 2020, percentuais insuficientes para alavancar a economia e gerar emprego e renda.
Para 2022, Castro estima que o mundo não terá mais fôlego para manter a demanda e os níveis elevados das commodities. ‘’Entre os produtos que devem perder força estão minério de ferro e produtos agrícolas’’, avaliou.