Economia

Agenda do investidor: saiba o que acompanhar na última semana de novembro

Com uma agenda mais esvaziada, a próxima semana traz uma série de dados importantes no Brasil

A semana anterior ficou marcada pelo veto à desoneração da folha de pagamento e por uma Black Friday que não correspondeu às expectativas de recuperação dos varejistas, refletindo na queda do Ibovespa na sexta-feira. Com uma agenda mais esvaziada, a próxima semana traz uma série de dados importantes no Brasil, incluindo o IPCA-15, números de produção industrial e o CAGED.

Na segunda-feira (27), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) inicia a semana com a divulgação do INCC-M de novembro e da Sondagem da construção de novembro. Além disso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentará os resultados setoriais do mês e o Tesouro Nacional trará o relatório mensal da dívida pública federal.

O destaque da semana será na terça-feira, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançará o IPCA-15 de novembro. As previsões apontam um aumento de 0,35% na comparação mensal, de acordo com o Bradesco, enquanto o Itaú sugere um incremento de 0,29%. Este dado poderá refletir em uma redução da taxa anual, indo dos 5,0% registrados em outubro para 4,8%.

“Apesar de um número mais pressionado do que o registrado em outubro, por conta de alimentação no domicílio, o dado manterá a trajetória benigna para inflação com núcleos e serviços bem comportados. De atividade, destaque para a produção industrial referente a outubro, que deve ficar praticamente de lado, dando início aos dados conjunturais do último trimestre do ano”, considera o Bradesco.

Na terça-feira (28)  também serão divulgados os dados da sondagem da indústria pela FGV, juntamente com o resultado primário do governo. O Bradesco estima um valor de R$ 15,8 bilhões para esse indicador.

“Esperamos um superávit de R$ 18,3 bilhões. Além disso, os dados de arrecadação de impostos para outubro (anteriormente programados para serem divulgados em 20 de novembro) podem ser divulgados ao longo da semana, e estimamos um resultado de R$ 212,7 bilhões”, destaca a equipe econômica do Itaú.

Na quarta-feira (29), a FGV trará os números do IGP-M, além das sondagens de serviços e do comércio referentes a novembro. O dia será crucial com a apresentação dos dados de geração de emprego formal pelo Caged. Em seguida, na quinta-feira, as informações sobre o mercado de trabalho serão complementadas com a divulgação da taxa de desemprego através da PNAD Contínua.

“Para o CAGED, esperamos a criação de 125 mil empregos formais, ante 211 mil em setembro. Ajustado sazonalmente, o CAGED provavelmente atingirá 106 mil, de 115 mil no mês anterior. Em relação à taxa de desemprego, esperamos um aumento para 7,8%, de 7,7% (8,0% em termos ajustados sazonalmente)”, projeta o Itaú.

A última semana de novembro será concluída mais divulgações da FGV, como o indicador de incerteza da economia na quinta-feira, seguido pelo índice de confiança empresarial na sexta-feira. O IBGE apresentará a Pesquisa Industrial Mensal, enquanto o índice PMI da indústria de transformação também estará em destaque.

O encerramento das divulgações ocorrerá com a apresentação da Balança Comercial de novembro, onde o Itaú projeta um superávit de US$ 9 bilhões, similar a outubro e muito maior em relação aos US$ 6,2 bilhões de superávit em novembro de 2022. Além disso, os números de emplacamentos de veículos pela Fenabrave serão revelados.

No campo político, a semana anterior foi marcada pela divulgação do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias, que elevou o déficit primário para R$ 177 bilhões.

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