Indicadores

Agenda econômica: inflação e mercado de trabalho movimentam a semana no Brasil e EUA

O governo deve divulgar nesta semana o CAGED, com estimativa de criação de cerca de 184 mil novos empregos formais

agenda
Foto: Agenda/CanvaPro

A agenda econômica da semana será marcada por indicadores cruciais nos dois lados do continente, com potencial para influenciar os caminhos da política monetária tanto no Brasil quanto nos EUA. O contexto nacional aguara dados do IPCA e Caged e os norte-americanos tem o relatório PCE.

Por aqui, o foco recai sobre o IPCA-15, prévia da inflação oficial, que registrou alta de 0,46% em maio, acendendo o sinal de alerta sobre o controle dos preços. Já nos EUA, os investidores aguardam a divulgação do índice PCE (Personal Consumption Expenditures), principal referência do Federal Reserve para medir a inflação no país.

No Brasil, o comportamento da inflação será analisado em conjunto com os dados do mercado de trabalho. O governo deve divulgar nesta semana o CAGED, com estimativa de criação de cerca de 184 mil novos empregos formais, o que indica uma manutenção do ritmo positivo na geração de vagas.

Além disso, a PNAD Contínua trará uma leitura mais abrangente da taxa de desemprego, que se mantém em 6,8%. Esses números são decisivos para definir os próximos passos do BC (Banco Central) em relação à taxa Selic.

Cenário americano e expectativas para o Fed

Enquanto isso, o cenário americano também exigirá atenção redobrada. O PCE, previsto para sexta-feira, vai indicar se há espaço para o Fed começar a cortar os juros ainda em 2025. Complementam o panorama os dados sobre renda e gastos pessoais dos consumidores, que ajudam a medir o fôlego da maior economia do mundo.

Com os dois países em momentos distintos de seus ciclos econômicos, os investidores estarão atentos às sinalizações dos respectivos bancos centrais. No Brasil, inflação resistente e mercado de trabalho aquecido podem adiar cortes adicionais na Selic. Nos EUA, uma inflação sob controle e consumo estável poderiam abrir caminho para uma flexibilização monetária.

O equilíbrio entre crescimento e estabilidade de preços continua sendo o principal desafio. E, nesta semana, os dados que serão divulgados devem oferecer pistas valiosas sobre o que esperar dos próximos movimentos da economia em nível nacional e internacional.