Após uma semana negativa para o Ibovespa, no qual o principal índice da Bolsa de Valores brasileira recuou 1%, os investidores se preparam para uma nova semana na agenda econômica, com destaque para o IBC-Br, índice de atividade econômica do Banco Central, considerado um proxy do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.
O Itaú prevê uma contração de 0,4% em maio na comparação com abril. O dado será divulgado na segunda-feira (17). A agenda também traz outros dois dados de inflação. A variação medida pelo IGP-10, que será divulgada na segunda-feira (17), e a segunda prévia do IGP-M de julho, marcado para quarta-feira (19).
A temporada de resultados corporativos no Brasil só deve ganhar tração a partir da semana que vem, mas o números da Weg (WEGE3) serão divulgados já na próxima quarta-feira (19), antes da abertura do mercado.
Agenda no mercado internacional
Lá fora, os investidores vão acompanhar novos dados sobre a atividade econômica nos EUA. Na terça-feira, saem os números do varejo e da produção industrial de junho.
Para a semana, são esperados cerca de 60 resultados. Depois que os números do JP Morgan, Wells Fargo e Citigroup superaram as expectativas, na última sexta-feira, os investidores vão acompanhar os números trimestrais de Morgan Stanley, na terça-feira (18) e do Goldman Sachs, na quarta (19).
Netflix, Tesla e IBM também soltam seus números na quarta.
Na Europa, o mercado vai acompanhar novos discursos de Christine Lagarde, presidente do BCE, a respeito do futuro da política monetária na zona do euro, diante de recentes dados que mostram uma inflação mais comportada no bloco econômico.
A inflação do Reino Unido, que ainda não deu sinais de desaceleração, também vai ser divulgada na quarta-feira. O consenso do mercado aponta para uma variação de 0,4% no CPI de junho em relação a maio e de 8,2% em 12 meses. O núcleo da inflação anual deve permanecer em 7,1%.
Na China, o Banco do Povo da China (PBoC) poderá reduzir taxas de empréstimos nesta segunda-feira e também na quinta. O BC chinês deve atuar para estabilizar o crescimento da economia do país, que deu diversos sinais de desaceleração ao longo do segundo trimestre, e por isso pode implementar novos cortes.
Também será divulgado o PIB da China que, segundo economistas consultados pela “Reuters”, deverá apresentar um crescimento anual de 7,3% em relação a um ano antes. Na comparação com o primeiro trimestre, o consenso Refinitiv aponta para um avanço de 0,5%.