O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento se pronunciou nesta segunda-feira (10) sobre o IPCC (Painel Intergovernamental sobre o Clima da ONU), dizendo que o aquecimento global gera um “prejuízo econômico incalculável”.
Na segunda, pela primeira vez, cientistas quantificaram em um relatório o aumento da frequência e da intensidade dos eventos extremos ligados às mudanças climáticas.
O relatório aponta que alguns impactos se expressam em um prazo mais longo e não são reversíveis no prazo de séculos ou até milênios. Nessa lista estão eventos severos como elevação do nível do mar, derretimento das placas de gelo e mudanças no oceano -incluindo acidificação das águas, a elevação da temperatura e a perda de oxigênio. ?
Em nota, a pasta comandada por Tereza Cristina diz que o documento traz cenários “preocupantes de mudanças do clima, evidenciando ainda mais vulnerabilidade do setor.”
“Ressaltamos que o setor agropecuário é um dos mais vulneráveis à mudança do clima.”
O texto da nota ainda afirma que os cenários de mudanças climáticas podem levar a perdas de produção e comprometer a segurança alimentar nacional e global, gerando prejuízos socioeconômicos incalculáveis.
O ministério diz que trabalha para reduzir as emissões de gases estufa pelo setor agropecuário, mencionando a iniciativa da Carne Carbono Neutro, selo para atestar carne bovina produzida em sistemas de integração do tipo silvipastoril (pecuária-floresta) ou agrossilvipastoril (lavoura-pecuária-floresta).