Diz Alexandre Padilha

AGU decidiu não recorrer da decisão de Dino sobre emendas

Alguns deputados do Centrão acusam Dino de derrubar as emendas em uma jogada combinada com o Palácio do Planalto

Ministro do STF Flávio Dino/ Foto: Gustavo Moreno /STF
Ministro do STF Flávio Dino/ Foto: Gustavo Moreno /STF

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira (26) que a AGU (Advocacia-Geral da União) decidiu não recorrer da decisão do ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), de suspender o pagamento de aproximadamente R$ 4,2 bilhões em emendas da comissão. O assunto é sensível porque, nos bastidores, alguns deputados do Centrão acusam Dino de derrubar as emendas em uma jogada combinada com o Palácio do Planalto.

“Vamos cumprir, né. Decisão do Supremo tem que se cumprir, né. A AGU fez uma avaliação detalhada, não apontou necessidade de recurso, então vai se cumprir”, disse Padilha, de acordo com o “Valor”.

Na sequência, Padilha comentou a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), de convocar uma reunião com líderes partidários para discutir o tema na tarde desta quinta-feira. O ministro acredita que o objetivo da reunião é “dar uma resposta” à decisão do STF.

“Acredito que essa reunião que o presidente Lira convocou, chamou os líderes, é para preparar uma resposta para essa decisão. Parece haver divergência entre o que algumas comissões e líderes apontam”, afirmou.

BC é acionado pela AGU por cotação do dólar próxima de R$ 6,40 no Google

AGU (Advocacia-Geral da União) anunciou na última quarta-feira (25) que irá consultar o BC (Banco Central) sobre uma possível informação errada sobre a cotação do dólar exibida no Google.

A AGU destacou a urgência de uma resposta. Mais cedo, o buscador mostrava a cotação do dólar em torno de R$ 6,40. O mercado brasileiro não operou na terça (24) e quarta-feira devido ao recesso de Natal.

No final da tarde, a cotação já não estava mais disponível no Google.

De acordo com a AGU, os dados fornecidos pelo BC poderão ser usados como base para uma possível ação da Procuradoria-Geral da União.