Comércio

Alckmin diz esperar assinatura de acordo Mercosul-UE até final do ano

Alckmin defendeu, durante evento do BNDES, que o Brasil deve buscar mercados para suas exportações

Alckmin apresenta nova política industrial na segunda (22) / Agência Brasil
Alckmin apresenta nova política industrial na segunda (22) / Agência Brasil

Geraldo Alckmin, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou nesta segunda-feira (26) ter expectativa de que o acordo comercial entre o Mercosul e a UE (União Europeia) seja assinado até o final deste ano.

Alckmin defendeu que o Brasil deve buscar mercados para suas exportações. “Nós temos que ganhar mercado. Primeiro ampliando o Mercosul, já além dos quatro (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) está entrando o quinto, está entrando a Bolívia”, disse ele.

Além disso, enquanto participava do evento na sede do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no Rio de Janeiro, o vice-presidente seguiu comentando sobre os acordos do Mercosul já estabelecidos.

“O Mercosul tinha acordo com Egito, Israel e Palestina. Foi feito já Mercosul e Cingapura e agora Mercosul e União Europeia, 27 países dos mais ricos do mundo. Esperamos até o final do ano poder avançar e já estar assinado o acordo Mercosul e União Europeia”, prosseguiu Alckmin, segundo a CNN Brasil.

O acordo comercial entre o bloco econômico europeu e o bloco econômico sul-americano foi anunciado em 2024, depois de 25 anos de negociações. Porém, ainda é preciso ser ratificado pelos Parlamentos dos países do Mercosul, assim como pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho Europeu.

Alckmin defende retirar alimentos e energia do cálculo da inflação

Geraldo Alckmin, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, defendeu nesta segunda-feira (24) que os preços de alimentos e de energia sejam retirados do cálculo da inflação. Ele também indicou que esta medida deveria ser estudada pelo BC (Banco Central).

“Não adianta eu aumentar os juros, porque não vai fazer chover, eu só vou prejudicar a economia. E no caso do Brasil, pior ainda, porque aumenta a dívida pública”, disse Alckmin durante evento promovido pelo jornal “Valor Econômico”.

“Eu acho que é uma medida inteligente a gente realmente aumentar o juro naquilo que pode ter mais efetividade na redução da inflação”, defendeu. “Entendo sim que é uma medida que deve ser estudada pelo Banco Central brasileiro.”

No decorrer de seu discurso, Alckmin aproveitou para defender também a ideia das medidas de alta de preços utilizadas pelo Fed (Federal Reserve) para sua meta de inflação. Atualmente, o banco central norte-americano tem a meta inflacionária de 2%.

No entanto, a inflação “cheia” é aquela utilizada como parâmetro do Fed, e não os núcleos do índice, que eliminam elementos mais voláteis como alimentos e energia.

“Não adianta aumentar juros que não vai baixar o preço do barril de petróleo”, acrescentou Alckmin.