O vice-presidente da república e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, afirmou que o acordo comercial entre o Mercosul e UE (União Europeia) está amadurecendo. A afirmação foi feita durante uma entrevista ao grupo Bandeirantes, na manhã desta segunda-feira (3). Para ele, o “fato novo” ligado ao anexo apresentado pela UE será resolvido logo com uma contraproposta.
“O anexo fala que, se devastar a Amazônia, [o acordo] está suspenso”, disse. “Vamos resolver, fazendo uma contraproposta, falando que o governo mudou e que temos compromisso no combate às mudanças climáticas”. O ministro afirmou também que nenhuma outra autoridade política tem mais empenho na questão climática do que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ainda segundo Alckmin, esse protecionismo “não é nem da Europa, é de agricultores de um país”. Por fim, disse que o governo federal “está terminando” a elaboração de um projeto de lei que trata da regulação do mercado de carbono.
Mercosul e União Europeia devem assinar acordo até fim do ano
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira (24) que o Brasil deve assinar, até o fim do ano, o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Segundo o chanceler, o governo brasileiro está examinando um documento enviado pelos europeus com novos itens ambientais, que desequilibraram as negociações.
“Desejamos um instrumento equilibrado, com ganhos concretos para ambos os lados, tanto em matéria de comércio como de investimentos. Ao mesmo tempo, não aceitamos que o meio ambiente – preocupação legítima e que compartilhamos – seja utilizado como pretexto para exigências despropositadas, para a adoção de medidas de viés protecionista ou, no limite, para retaliações descabidas”, afirmou durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. As informações são da Agência Brasil.
O chanceler Mauro Vieira lembrou que o país já se reintegrou à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e defendeu a Unasul, dizendo que muitas crises foram resolvidas no âmbito do grupo. Ele lembrou o compromisso de Lula – durante a campanha eleitoral – de revalorizar a integração regional.