‘Um dia histórico’

Alckmin: ‘É o maior acordo entre blocos do mundo’

“Depois de 33 anos do Mercosul e mais de 20 anos de negociações, finalmente é anunciado o acordo”, disse Alckmin

Alckmin apresenta nova política industrial na segunda (22) / Agência Brasil
Alckmin apresenta nova política industrial na segunda (22) / Agência Brasil

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), classificou o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia como “histórico e estratégico”.

“Depois de 33 anos do Mercosul e mais de 20 anos de negociações, finalmente é anunciado o acordo”, disse Alckmin, de acordo com o InfoMoney. “É o maior acordo entre blocos de todo o mundo. Estamos falando de mais de 700 milhões de pessoas”, completou o vice-presidente, ao destacar o significado do acordo “em um mundo polarizado e fragmentado”.

O vice-presidente ressaltou que o acordo não terá efeito imediato, pois ainda será necessário traduzir o texto para um total de quatro idiomas.

“Depois, precisa passar pela Comissão Europeia, pelo Parlamento Europeu e ser internalizado aqui, nos quatro países do Mercosul”, comentou. “A Bolívia, se quiser, mais à frente também poderá integrá-lo”, acrescentou.

Alckmin diz esperar que resistência da França esteja resolvida

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que espera que a resistência da França ao acordo entre Mercosul e UE (União Europeia) tenha ficado para trás após o anúncio do tratado na Cúpula do Mercosul, no Uruguai, nesta sexta-feira (6). “Eu espero que isso esteja resolvido” afirmou, em entrevista no Palácio do Planalto. 

“Quer dizer, na medida em que você celebrou, anunciou e celebra o acordo, o acordo está feito. O acordo é sempre um ganha-ganha, onde você vai abrir mão de uma coisa e ganhar de outro lado. Tem uma vantagem comparativa aqui, uma dificuldade ali, mas acho que vamos superar”, disse o vice-presidente. 

Mas desafios persistem. Além da França, Polônia, Áustria, Bélgica e Irlanda também estão em desacordo com o tratado por motivos agrícolas e ambientais e fazem críticas constantes, especialmente ao desempenho ambiental da América do Sul.

A França é líder da oposição, especialmente por temer competição com o setor agrícola do país, altamente subsidiado. Recentemente, a agência de notícias “Ansa” revelou que a Itália também pode se juntar a esse grupo de opositores ao acordo por questões agrícolas, pedindo “proteção adequada para o setor” europeu.