Alckmin diz que prazo para desconto em carros não está definido

“Isso vai ser decidido um pouco mais para a frente", disse Alckmin

Geraldo Alckmin (PSB), presidente da República em exercício, afirmou nesta terça-feira (20) que o governo ainda não definiu o prazo do programa de barateamento de carros. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo “não tem margem” para ampliar os recursos destinados ao plano.

O desconto para a compra de carros varia de R$ 2 mil a R$ 8 mil no preço dos veículos de até R$ 120 mil. No total, o governo reservou R$ 1,5 bilhão para o programa, distribuídos da seguinte forma: R$ 500 milhões para automóveis; R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus.

Quando o programa foi anunciado, a ideia do governo era de que, quando o valor de R$ 1,5 bilhão fosse atingido, o programa seria encerrado. Ainda no anúncio, o governo disse que a medida é “transitória” e durará apenas quatro meses, na expectativa da redução da taxa de juros.

“Isso vai ser decidido um pouco mais para a frente. Provavelmente, essa não é uma decisão definitiva, mas acabaram os R$ 500 milhões, acabou o programa, o estímulo. Vai continuar o do caminhão e do ônibus, porque esse é mais demorado, porque você tem de retirar da rua o caminhão antigo ou ônibus antigo para renovar a frota. Mas essa é uma decisão um pouquinho mais à frente “, explicou Alckmin.

Programa de carro popular já usou 64% dos recursos disponíveis

O volume de recursos solicitados pelas montadoras para o programa do carro mais barato alcançou R$ 320 milhões no fim de semana e cresceu 88% em relação ao balanço divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na última sexta-feira (16).

Conforme informou a pasta nesta segunda (19), em menos de 15 dias foram consumidos 64% do total de créditos tributários concedidos para a aplicação de descontos ao consumidor nessa modalidade do programa (R$ 500 milhões). 

O total autorizado até aqui, por montadora, é o seguinte: FCA Fiat Chrysler, R$ 130 milhões; Volks, R$ 50 milhões; Peugeot Citroen, R$ 40 milhões; Renault, R$ 30 milhões; GM e Hyundai, R$ 20 milhões cada; Honda, Nissan e Toyota, R$ 10 milhões cada.

A relação de automóveis incluídos no programa não sofreu alteração: são 266 versões de 32 modelos. Os descontos patrocinados pelo governo vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil e são válidos para veículos novos com preços de mercado de até R$ 120 mil. As montadoras podem aplicar descontos adicionais por conta própria, como vem ocorrendo.