Arrecadação

Alckmin: recursos do aumento do IOF são necessários

Alckmin declarou que o nível atual da Selic é uma preocupação para o governo e a elevação do IOF pode contribuir

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) anunciado pelo governo esta semana ainda está movimentando o cenário. Nesta sexta-feira (30), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que a arrecadação prevista com o aumento do IOF é necessária para garantir o equilíbrio das contas públicas em 2025.

O político, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, foi questionado por jornalistas sobre a pretensão do governo em manter o decreto que eleva o IOF ou apresentar uma proposta alternativa ao Congresso Nacional.

“Os recursos são necessários. Se houver uma proposta melhor, deve-se discutir, mas essa medida foi bastante debatida e é importante”, disse.

Além disso, Alckmin declarou que o nível atual da Selic é uma preocupação para o governo e a elevação do IOF pode contribuir para evitar novos aumentos da Selic.

“O que nos preocupa é a taxa de juros, que está muito elevada. Essa medida do IOF visa justamente evitar uma alta maior da Selic e pode até ajudar na sua queda mais rápida”, afirmou o vice-presidente.

O governo tem sofrido pressão de várias frentes, do mercado e do Congresso Nacional, desde que anunciou o aumento do IOF como medida arrecadatória para tentar garantir o cumprimento da meta fiscal.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), deu um prazo de 10 dias para que a equipe econômica proponha uma alternativa.

Alckmin diz esperar assinatura de acordo Mercosul-UE até final do ano

Geraldo Alckmin, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou nesta segunda-feira (26) ter expectativa de que o acordo comercial entre o Mercosul e a UE (União Europeia) seja assinado até o final deste ano.

Alckmin defendeu que o Brasil deve buscar mercados para suas exportações. “Nós temos que ganhar mercado. Primeiro ampliando o Mercosul, já além dos quatro (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) está entrando o quinto, está entrando a Bolívia”, disse ele.

Além disso, enquanto participava do evento na sede do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no Rio de Janeiro, o vice-presidente seguiu comentando sobre os acordos do Mercosul já estabelecidos.

“O Mercosul tinha acordo com Egito, Israel e Palestina. Foi feito já Mercosul e Cingapura e agora Mercosul e União Europeia, 27 países dos mais ricos do mundo. Esperamos até o final do ano poder avançar e já estar assinado o acordo Mercosul e União Europeia”, prosseguiu Alckmin, segundo a CNN Brasil.

O acordo comercial entre o bloco econômico europeu e o bloco econômico sul-americano foi anunciado em 2024, depois de 25 anos de negociações. Porém, ainda é preciso ser ratificado pelos Parlamentos dos países do Mercosul, assim como pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho Europeu.