Alckmin: só faltam os escandalosos juros caírem

Vice-presidente diz que ainda é cedo para avaliar impacto de novo IVA

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, voltou a defender nesta segunda-feira (17) a redução da taxa básica de juros do país, que está em 13,75% ao ano.

Ao comentar as possibilidades de investimentos previstos para o Brasil, Alckmin avaliou a situação econômica do país e disse que os “escandalosos juros” precisam cair. As informações são da Agência Brasil.

“As coisas estão caminhando bem: inflação em queda, câmbio competitivo, reforma tributária aprovada na Câmara, arcabouço fiscal encaminhado. Só faltam os escandalosos juros caírem e nós vamos ter uma geração de emprego ainda mais forte”, afirmou.

Sobre uma pesquisa na qual o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que o novo imposto (IVA) aprovado pela reforma tributária deve ficar em 28,04%, o vice-presidente disse que “ainda é cedo” para avaliar o impacto.

“Eu acho que é cedo para ter o resultado final desse trabalho, mas eu diria que foi um passo importante. Os princípios da reforma tributária estão colocados. Simplificação, redução do custo Brasil, diminuição de judicialização, desoneração completa de investimentos e desoneração completa do comércio”, disse.

Posicionamentos foram em participação do seminário internacional Cooperativas pelo Desenvolvimento Sustentável, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. O evento é promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

No evento, o vice-presidente defendeu o fortalecimento do cooperativismo no país.

Reforma tributária: Pequenos reparos serão feitos pelo Senado, diz Alckmin

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira (12), que o Senado buscará restabelecer a emenda da reforma tributária para incentivar projetos industriais aprovados até o final deste ano.

O artigo presente na reforma tributária amplia benefícios tributários de PIS, Cofins e IPI valerá 2032, para projetos industriais aprovados até o final de 2021, incluindo aqueles que ampliem ou reiniciem a produção em plantas industriais inativas.

Desse modo, a inclusão do benefício havia sido um pedido do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sob comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O artigo foi apelidado nos bastidores da votação na Câmara, de “emenda Lula”. Isso porque iria possibilitar que a montadora chinesa BYD, que se comprometeu em assumir a fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia, usufruísse de benefícios fiscais até 2032.

“Pequenos reparos serão feitos na reforma tributária pelo Senado por isso é um sistema bicameral. O Senado deve trazer segurança jurídica para investimentos já realizados. A posição do governo não é tirar empresas de lugar nenhum, mas consolidá-las”, afirmou Alckmin, no programa “Bom dia, ministro” da EBC.