Com as expectativas do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar, pela nona vez, a taxa básica de juros, desta vez em 1 ponto percentual, indo para 11,75% nesta semana, nos dias 15 e 16 de março, diante da escalada da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os investidores tendem ainda mais priorizar os ativos que acompanham o movimento da curva de juros.
Durante o período de alta da Selic, os ativos de renda fixa, atrelados à taxa, e consequentemente ao CDI, como os pós-fixados, aumentam a rentabilidade de forma proporcional. Com isso, a atratividade desses títulos deve se manter ainda mais.
Além da provável alta da Selic, outros fatores fazem com que os ativos de renda fixa se tornem ainda mais atraentes. Com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, por exemplo, os preços das commodities subiram e o choque de preços vem em um momento em que o IPCA já está em níveis bastante altos (cerca de 10 % ao ano), podendo desancorar ainda mais as expectativas de inflação.
Como fica a renda fixa na carteira?
Para o head de Renda Fixa da BP Investimentos, Leonardo Souza, agora seria o momento para ter na carteira de investimentos títulos indexados ao IPCA de médio prazo.
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“No caso de um cenário alternativo mais conturbado, eles protegeriam melhor o investimento (em caso de manutenção em carteira até o vencimento – por isso também a importância do prazo)”, disse.
No entanto, a expectativa do mercado é que a Selic chegue no final de 2022 em 12,75%, ou seja, segundo Leonardo, alguns títulos prefixados, com taxa de juros já definidas, de curto prazo, são bons atrativos.
“Para o investidor interessado em aproveitar a alta dos juros e investir na renda fixa, a sugestão é diversificar a carteira. Em vez de olhar para um ativo só, a diversificação nas três caixinhas dentro da classificação de renda fixa faz muito mais sentido. Ter um pouco em pós-fixado, um pouco em inflação e prefixado”, explicou o head de Renda Fixa.
Se você ainda tem dúvidas da melhor estratégia de investimentos, consulte um assessor da BP Investimentos.
