Com a alta do índice de Preços ao Consumidor (INPC), o governo federal deve elevar as previsões de despesas em cerca de R$ 18 bilhões em 2022, pressionando ainda mais os poderes para buscar uma solução para os precatórios, as informações são da Valor.
Essa elevação é decorrente do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) que foi desenvolvido com base em uma projeção de avanço de 6,2% do INPC em 2021. Contudo, o índice deve encerrar esse ano em torno de 8,5%, de acordo com as projeções do mercado. A grade de parâmetros macroeconômicos do Ministérios da Saúde será atualizada na próxima quinta-feira (16).
O índice corrige benefícios assistenciais e previdenciários, o seguro-desemprego e o abono. Com a taxa no patamar projetado anteriormente estabelecido (6,2%), as despesas com a Previdência se elevariam em R$ 52,7 bilhões em 2022, como foi dito pelo secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal.
Segundo os cálculos de Funchal, o teto de gastos crescerá R$ 136,6 bilhões no próximo ano. Até o momento, o teto está fixado em R$ 1,610 trilhão e o valor não deve ser alterado.
Dos R$ 136,6 bilhões, R$ 52,7 bilhões serão utilizados com a elevação das despesas previdenciárias (considerando a inflação de 6,2%). Já R$ 19 bilhões, serão destinados a despesas obrigatórias com controle de fluxo (como saúde); outros R$ 33,7 bilhões serão para o pagamento de sentenças judiciais; R$ 6,6 bilhões serão para gastos a mais com o pessoal; R$ 13,5 bilhão para gastos adicionais do Fundo de Amparo ao Trabalhador; R$ 5,5 bilhões referem-se ao aumento da despesa com os benefícios assistenciais; e, por fim, R$ 5,6 bilhões serão destinados a diversas outras despesas.