Devido a deterioração do ambiente fiscal no Brasil, que em boa parte é por conta da antecipação eleitoral do ano que vem, investidores estrangeiros passaram a rever a possibilidade de investir no país, especialmente em projetos de infraestrutura.
De acordo com advogados que cuidam dos interesses dos investidores, eles aparentam estar desconfiados do atual governo, que autorizou danos ambientais severos, abandonou reformas estruturais e promoveu gastança focando na reeleição.
Além disso, a projeção de economistas sinalizam um crescimento em patamares baixos. Era esperado um crescimento na economia devido a reforma tributária, mas agora dizem que sem mudanças na área, o governo terá que aumentar os impostos, já que não houve avanço nas despesas.
“Eles acham ainda que a situação atual indica a volta do populismo, depois de todos o que viram neste ano”, afirmou Claudio Frischtak, fundador da Inter.B, à Folha de S. Paulo.
Para Frischtak, esses investidores acreditam que a polarização política terá um grande controle sobre a economia, refletindo nas tarifas de serviços.
“O episódio do ministro da Economia, Paulo Guedes, questionando as pesquisas do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] caiu muito mal”, acrescentou ele.