O bitcoin tem se tornado cada vez mais popular e alcançado pessoas que antes desconheciam o ambiente virtual e suas profundidades. Assim como qualquer outra novidade ainda pouco conhecida por uma maioria, golpistas usam esse artifício como isca para se aproveitar da falta de domínio dos interessados sobre a nova tecnologia.
Em abril deste ano, a criptomoeda chegou a atingir a cotação recorde de mais de US$ 63 mil, representando uma valorização superior a 120% em 2021 até aquele mês. Por ser um setor bastante atrativo, somente em 2020 as fraudes com a moeda digital atingiram US$ 1,9 bilhão, de acordo com a empresa de inteligência em criptografia CipherTrace.
Desta vez, o novo golpe no Brasil é o ‘aluguel de bitcoin’. Funciona como um falso investimento em criptomoedas, onde o investidor faz um aporte inicial e, segundo a quantia do investimento realizado, a rentabilidade mensal pode atingir entre 4% e 6%.
A nova armadilha vem trajada de uma proposta antiga, o velho esquema de pirâmide. Esses são esquemas criminosos que prometem retornos rápidos aos seus clientes. As empresas fraudulentas que dispõem desse serviço costumam ter redes sociais, supostos sistemas próprios para negociar as criptomoedas e garantem ao investidor um lucro que não condiz com a realidade do mercado, de maneira que pareça seguro, mesmo não sendo.
Investir em criptomoedas é seguro?
A resposta é simples: é totalmente seguro investir em ativos digitais. O passo inicial para não cair em fraudes é entender melhor o que é uma criptomoeda.
As moedas digitais são mais um ativo de renda variável, por isso sofrem oscilações, assim como as ações, por exemplo. Com isso em mente, pode-se desconfiar quando companhias oferecem rendimentos lineares sobre o cripto ativo.
Além disso, o setor de criptomoedas possui supervisão regulatória na maioria dos países. No Brasil, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, entusiasta do tema, já declarou que pretende regulamentar a moeda digital no país.
Para evitar cair em golpes, suspeite de: promessa de ganhos rápidos, ofertas feitas em redes sociais, pirâmides financeiras, proposta de supostas novas moedas digitais antes do próprio lançamento dela e atente-se a corretoras de ações que se encontram fora da bolsas de valores.