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Aneel adia reajuste de energia em meio a impasse tarifário

A Aneel debateu nesta terça-feira (18) o reajuste das tarifas da CPFL Santa Cruz, que fornece energia para cidades do interior paulista

Foto: Eenrgia/CanvaPro
Foto: Eenrgia/CanvaPro

A decisão sobre o reajuste tarifário de uma distribuidora da CPFL foi adiada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta terça-feira (18), devido a divergências entre os diretores quanto a um diferimento pedido pela empresa, que anularia a redução tarifária aos consumidores prevista para este ano.

Um adiamento semelhante, em função de um pedido de vista, ocorreu na semana passada para o caso da Light. O reajuste da distribuidora do Rio de Janeiro também foi adiado depois de um impasse entre os diretores sobre um pedido de diferimento pela empresa.

A possibilidade de aumento nas tarifas de energia pela Aneel em 2025 preocupa o Governo Lula por conta da inflação, com a alta dos preços podendo afetar a popularidade do presidente Lula, que já está em baixa.

A Aneel debateu nesta terça-feira o reajuste das tarifas da CPFL Santa Cruz. A empresa atende ao fornecimento de energia em cidades do interior paulista como Jaguariúna, além de algumas cidades no Paraná e Minas Gerais.

O cálculo da área técnica da Aneel indicou uma redução média de 3,44% das tarifas da CPFL Santa Cruz para 2025. Porém, a companhia solicitou, com apoio do conselho de consumidores, um diferimento para mitigar “oscilações tarifárias” até 2026, segundo a “CNN Brasil”.

A tarifa teria um acréscimo de 18,52% no ano que vem, conforme os cálculos da distribuidora, impactada por exemplo pelo término da devolução de créditos tributários aos consumidores. Esses créditos estariam amenizando os reajustes nos últimos anos e em 2025.

A Aneel ainda irá deliberar sobre a proposta da concessionária, que resultaria na aplicação de aumentos tarifários de 3,3% neste ano e de 3% em 2026.

Conta de luz terá bandeira verde em março, diz Aneel

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou nesta sexta-feira (28) que a conta de luz para o mês de março terá a bandeira tarifária verde, o que significa que não haverá custo adicional para os consumidores.

Desde dezembro de 2024, a bandeira tarifária da conta de luz permanece verde, refletindo as condições favoráveis de geração de energia no País.

“Com o período chuvoso, os níveis dos reservatórios melhoraram, assim como as condições de geração das usinas hidrelétricas”, afirmou a Aneel. “Dessa forma, o acionamento de usinas termelétricas, que possuem energia mais cara, torna-se menos necessário”, prosseguiu, segundo o “InfoMoney”.

O mecanismo das bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar o custo real da energia. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, e o acionamento de fontes de geração.