Apagão em SP

Aneel se defende de críticas e diz que aplicou R$ 320 mi em multas à Enel

A Aneel emitiu um ofício ao ministro Alexandre Silveira em defesa de sua atuação nesta segunda-feira (14)

Foto: Freepik
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Após receber críticas do MME (Ministério de Minas e Energia), por conta do apagão em parte da cidade de São Paulo, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) emitiu um ofício ao ministro Alexandre Silveira em defesa de sua atuação nesta segunda-feira (14).

De acordo com o documento, não cabe à agência restaurar o serviço, mas sim à Enel SP, distribuidora responsável pelo atendimento na região.

O documento foi assinado pelo diretor-geral Sandoval Feitosa e afirma que a agência “vem sistematicamente realizando fiscalização” na prestação dos serviços pela Enel SP.

Nesse sentido, a Aneel informou que já aplicou R$ 320 milhões em multas à distribuidora, incluindo uma penalidade de R$ 165 milhões por falhas em atendimentos emergenciais ocorridas em novembro de 2023.

Apagão em SP: Enel mobilizou menos técnicos do que deveria, diz Aneel

O estado de São Paulo (SP) caminha para o terceiro dia consecutivo de apagão, com mais de 500 mil residências sem energia elétrica apenas na capital, e a Enel tem culpa no cartório, segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Segundo o diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa, a empresa mobilizou menos técnicos do que deveria.

Ainda de acordo com Feitosa, a Enel não cumpriu com o plano de contingenciamento para enfrentar a crise climática e evitar grandes apagões. “A percepção que nós temos a respeito da recuperação do serviço é que ela [a Enel] de fato não tem atendido todas as expectativas com relação ao ano passado”, afirmou Saldoval.

A Aneel afirma que 2,1 milhões dos 2,6 milhões de consumidores afetados por interrupções no fornecimento de energia em São Paulo estão localizados na área de concessão da Enel. O Procon-SP anunciou que vai notificar a Enel para explicar a demora para a volta da energia.

No domingo, a empresa afirmou que o serviço foi restabelecido para 1,4 milhão de clientes, mas não definiu prazo para solução do problema para os 698,8 mil que ainda estão no escuro. Na manhã desta segunda, a concessionária atualizou o número: 537 mil continuavam sem energia elétrica.