Após o apagão que deixou o Brasil sem luz na manhã desta terça-feira (15), o economista e sócio fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, alertou para a necessidade de mais matrizes energéticas no Brasil.
Em suas redes sociais, Pires afirmou que com mais alternativas, episódios como o de hoje poderiam ser amenizados.“O apagão de hoje trás uma lição que já deveria ser entendida pelo governo. A lição é que se queremos dar resiliência ao sistema elétrico e restabelecer mais rápido a energia quando ocorrem acidentes em linhas de transmissão não podemos e não devemos abrir mão de térmicas”, opinou o economista.
“Acidentes em linhas de transmissão, por exemplo, por fatores climáticos têm ocorrido com muita frequência em diversas regiões do mundo. Por isso, nesse momento de transição energética é uma estupidez ficar refém da natureza com a geração eólica e solar”, acrescentou.
Em março do ano passado, Pires foi indicado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) para assumir a presidência da Petrobras (PETR3;PETR4), até então comandada pelo general Joaquim Silva e Luna. No mês seguinte, o economista declinou da indicação. Para o cargo, Bolsonaro indicou o general Silva e Luna.
Apagão é ‘evento de grande porte’, diz diretor da Aneel
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, afirmou, nesta terça-feira (15) que o apagão que atinge os Estados do país, foi um “evento de grande porte”.
De acordo com o diretor da Aneel, o Ministério de Minas e Energia (MME), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e as empresas envolvidas estão acompanhando o apagão e tomando providências para estabelecimento rápido do serviço.
“O Ministério de Minas e Energia já comunicou a agência e aos demais agentes que instituirá um grupo para analisar e estudar as causas deste evento, que é um evento, sim, de grande porte, que envolve as regiões Norte, Nordeste e algumas áreas da região Sudeste e Centro-Oeste do país”, afirmou durante reunião pública do órgão na manhã desta terça-feira (15).