Inadimplência só aumenta

Apostas: brasileiros já gastaram R$ 68 bilhões em jogos online

Um estudo apontou que, entre junho de 2023 e 2024, os consumidores gastaram um montante que responde a 0,62% do PIB

Apostas esportivas
Apostas/ Foto: Reprodução/Joédson Alves

Um estudo da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) revelou que pelo menos 1,3 milhão de brasileiros ficaram inadimplentes no primeiro semestre de 2024 devido aos jogos de apostas online.

O levantamento indica que, entre junho de 2023 e 2024, os consumidores gastaram aproximadamente R$ 68,2 bilhões em apostas, o que corresponde a 0,62% do PIB (Produto Interno Bruto) e 22% da massa salarial.

Conforme as estimativas da CNC, o aumento dos gastos dos brasileiros com apostas on-line “poderá produzir impactos relevantes sobre o nível de inadimplência das famílias”. Nos cálculos da entidade, cada 1 p.p (ponto percentual) no fluxo de gastos com apostas traria um avanço de 0,118 p.p na quantidade de famílias inadimplentes.

“Como houve avanço de 257% no fluxo desses recursos em relação ao fim de 2022, a Confederação projeta um aumento de 3,9% na quantidade de famílias impactadas. Ou seja, mais 191 mil famílias”, diz o estudo, de acordo com um “Exame“.

Apostas: governo suspenderá empresas sem autorização para operar

A partir de outubro, o Ministério da Fazenda suspenderá as empresas de apostas que não tenham solicitado autorização para operar, conforme anunciado em portaria publicada no Diário Oficial na terça-feira (17).

A portaria determina que, entre o próximo mês e o final de dezembro, somente as empresas de apostas de quota fixa, como as apostas esportivas, que já estão em operação e solicitaram autorização para explorar essa modalidade até segunda-feira, poderão continuar funcionando.

De acordo com a nota divulgada pelo Ministério da Fazenda, até dezembro a pasta concluirá a análise dos primeiros pedidos recebidos. A partir de 1º de janeiro de 2025, quando o mercado regulado de apostas no Brasil será oficialmente inaugurado, somente as empresas que cumprirem as leis e regulamentações estabelecidas pelo ministério poderão operar.