O relator do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados, Cláudio Cajado (PP-BA), indicou nesta segunda-feira (15) ter chegado a um acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), para a inclusão de gatilhos no projeto da nova regra fiscal.
“Nós estamos perseguindo um texto que seja consensualizado. Essa questão de ter medidas e gatilhos, é necessário. Vamos apresentar no relatório a graduação que se encaixa melhor”, afirmou Cajado a jornalistas após se reunir com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e Haddad.
É esperado que Cajado se reúna na noite desta segunda-feira com os líderes partidários e apresente às lideranças o texto do marco fiscal com novos ajustes.
“Agora, estou voltando para Câmara para concluir o texto que eu espero que seja o final, lógico que submeter aos líderes partidários e a partir daí ter mais sugestões. Eu vou fazer alguns ajustes que surgiram agora e a decisão do texto final será com os líderes partidários e o presidente Arthur. Estamos evoluindo para que o texto apresentado possa ter um apoio amplo”, disse o relator do arcabouço fiscal.
Arcabouço: Padilha diz que PT não vai apresentar emendas
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou na última quinta-feira (11) que o PT tomou uma decisão de não apresentar emendas no arcabouço fiscal, como era articulado por parlamentares da legenda a contragosto do ministro da Fazenda Fernando Haddad.
“Recebi tanto do líder do PT, da bancada do PT, quanto de um conjunto de parlamentares de que o PT tomou uma decisão de que não tem, não vai apresentar emenda porque defende o governo e defende a proposta liderada pelo ministro Fernando Haddad”, disse Padilha.
A colunista do jornal “O Globo”, Bela Megale, mostrou que os parlamentares queriam, ao apresentar as emendas, melhorar o arcabouço fiscal para evitar que os parlamentares “piorassem” o projeto. Uma das emendas consideradas teria o foco em retirar as travas que o arcabouço fiscal poderia colocar em investimentos.