Arcabouço: Padilha diz que vai conversar com relator nesta semana

“Queremos fazer uma reunião com Cajado esta semana antes da entrega do seu relatório do marco fiscal”, disse Padilha

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que irá marcar, uma conversa com o relator da proposta do arcabouço fiscal na Câmara, o deputado federal, Cláudio Cajado (PP-BA), para tratar sobre o marco fiscal ainda nesta semana. A expectativa é que a proposta seja entregue até a quarta-feira (10) e que a votação ocorra na próxima semana.

“Queremos fazer uma reunião com ele (Cajado) esta semana antes da entrega do seu relatório do marco fiscal”, disse Padilha a jornalistas nesta segunda-feira (8). De acordo com o ministro, o encontro deve ser coordenado por ele e pelo Ministério da Fazenda, além do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), para se fazer cumprir o calendário de votação.

“Uma das prioridades absolutas do governo, desde o começo da legislatura, era exatamente conseguirmos aprovar, votar na Câmara dos Deputados e buscar aprovar no Senado a nova regra fiscal antes da data de enviarmos a nova proposta orçamentária, que deve acontecer no começo do segundo semestre”, afirmou.

Com informações do Broadcast. 

Mercado se mostra preocupado com reforma tributária, avaliam analistas

A tramitação da reforma tributária preocupa agentes do mercado financeiro. Durante o Money Week, evento realizado pela EQI Investimento e que o BP Money cobriu no final de abril, especialistas avaliaram que a discussão deverá ser adiada no Congresso, visto que o arcabouço fiscal atrapalhou os planos pela necessidade de se votar, antes, um aumento de receita.

“Por ser um arcabouço que depende de receitas, ainda vamos ter que votar no aumento de arrecadações antes, o que joga a reforma tributária mais para frente. Sem aumento de receita, não fecha a conta”, disse o economista-chefe da EQI Asset, Stephan Kautz.

Segundo ele, o Congresso parece estar disposto à aprovação do arcabouço, mas não para o aumento de receita. “E isso me deixa preocupado, porque a reforma está sendo empurrada para o segundo semestre ou para o ano que vem, e aí os analistas dizem que a chance de aprovação diminui”, completou.