A atividade econômica da Argentina apresentou queda de 8,4% em março, de acordo com o relatório do Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censo), divulgado nesta quarta-feira (22).
Com esse resultado, o país está a cinco meses consecutivos com recuo na atividade econômica. Em fevereiro, a queda foi de 3%, enquanto, em janeiro, foi de 4,1%.
Os setores que mais registraram queda foram os de construção (-29,9%), indústria de transformação (-19,6%) e comércio atacadista, varejista e reparações (-16,7%). Já os que puxaram a economia para cima foram agricultura, pecuária, caça e silvicultura (14,1%) e extração de minas e pedreiras (5,9%).
Argentina: prejuízo com greve geral pode chegar a US$ 544 mi
O prejuízo gerado aos cofres da Argentina com a greve geral que acontece nesta quinta-feira (9) pode chegar a US$ 544 milhões, estima o Instituto de Economia da UADE (Universidad Argentina de la Empresa).
De acordo com o estudo, o valor corresponde a 24,3% do volume financeiro que seria produzido em um dia útil normal de atividade no país.
De acordo com o jornal Ámbito, que divulgou o relatório, o cálculo assume que nem todos os setores e regiões vão perder igualmente durante a greve e que mesmo 20,1% do que foi inicialmente perdido poderá ser recuperado no mês.
A interrupção das atividades, um protesto contra o governo de Javier Milei, começou a meia noite do dia 9 de maio e terminou às 23h59 do mesmo dia.
Na ocasião, o jornal Clarín disse que o principal serviço afetado será o de transporte público – ônibus, metrô e trens. A Aerolíneas Argentinas também afirmou que nenhum voo será realizado, seja doméstico ou internacional. Estima-se que 700 voos serão interrompidos e, pelo menos, 90 mil passageiros serão afetados.
O jornal La Nación listou outros setores públicos que também irão aderir à greve geral: servidores públicos estaduais, trabalhadores de comércio e serviços, funcionários do setor bancário e, parcialmente, do setor de saúde.