O governo da Argentina está correndo no início de 2025 para tentar firmar um novo acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e conseguir recursos que possibilitem ao país pagar vencimentos de US$ 2,6 bilhões ao fundo, previstos para serem quitados ao longo de 2025.
O objetivo do presidente da Argentina, Javier Milei, é fechar o acordo até março deste ano, como apontou o canal de notícias argentino “TN”.
Esse valor foi reduzido em aproximadamente US$ 685 milhões após alterações na política de taxas do FMI. Antes dessas mudanças, os pagamentos da Argentina ao fundo neste ano superariam os US$ 3,2 bilhões.
Tanto as autoridades quanto o Fundo Monetário Internacional confirmaram que o governo argentino busca um novo acordo. Por outro lado, qualquer avanço deverá ocorrer apenas depois da posse de Donald Trump nos EUA, em 20 de janeiro, considerando que o país norte-americano é o maior acionista do FMI e exerce grande influência nas decisões do conselho, conforme destacou o “Valor”.
BC da Argentina vendeu cerca de US$ 803 mi em reservas esta semana
O BC (Banco Central) da Argentina vendeu cerca de US$ 803 milhões em reservas em moeda forte esta semana. Isso ocorreu depois que as autoridades se apressaram para atender ao aumento da demanda de importadores por dólares antes de um grande pagamento de títulos.
A autoridade monetária interveio em três dias úteis consecutivos, enquanto a indústria automobilística argentina clamava pela moeda norte-americana para pagar fornecedores no exterior após a decisão do presidente do país, Javier Milei, de eliminar um imposto importante sobre importações no início da semana.
Autoridades venderam a maior quantia diária de reservas estrangeiras desde outubro de 2019 na quinta-feira (26), conforme apontaram dados do governo. As operações desta sexta-feira (27) incluíram US$ 25 milhões adicionais em reservas em moeda forte vendidas.