Economia

Argentina fecha 2024 com superávit financeiro, o primeiro em 14 anos

Luis Caputo, o ministro da Economia da Argentina, afirmou que o avanço conquistado em 2024 também foi o melhor em 16 anos

Foto: CanvaPro/Argentina
Foto: CanvaPro/Argentina

O SPN (Setor Público Nacional) da Argentina registrou um superávit primário de 1,8% e um superávit financeiro de 0,3% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2024, informou o Ministério da Economia argentino nesta sexta-feira (17).

Luis Caputo, o ministro da Economia da Argentina, afirmou que este foi o primeiro superávit financeiro desde 2010, além de ter sido o melhor em 16 anos.

“Contudo, diferentemente desses períodos, o superávit financeiro atual foi alcançado mediante o cumprimento de todas as obrigações contraídas pelo Setor Público Nacional. O resultado fiscal hoje divulgado deve ser entendido como um marco na nossa história”, escreveu Caputo na rede social X.

O Ministério da Economia da Argentina, em publicação oficial, destacou que o resultado fiscal de 2024 decorreu de uma dívida flutuante em linha com a do final de 2023 em termos nominais, ou seja, com redução real de 52%.

“Além da racionalização dos gastos da Administração Nacional, destaca-se a consolidação efetuada nas empresas públicas – que permitiu que fosse registrado o primeiro mês de excedente operacional desde 2009 – e a dissolução de 19 fundos fiduciários para tornar a utilização dos recursos públicos mais eficiente”, pontua a pasta em nota, segundo a “CNN”.

No entanto, o saldo anual veio junto com um déficit fiscal primário de 1,3 trilhão de pesos, além de um déficit financeiro de 1,56 trilhão de pesos em dezembro. 

Por outro lado, Caputo indicou que o mês normalmente é de altos gastos do governo. O último resultado, segundo ele, foi inferior ao déficit financeiro registrado em dezembro de 2023.

“Ajustado pela inflação, a redução do déficit de dezembro foi de 70% em comparação com dezembro do ano anterior”, pontuou o ministro da Economia da Argentina.

Inflação da Argentina em dezembro fica em 2,7% e ano termina com 117,8%

inflação mensal da Argentina atingiu 2,7% em dezembro de 2024, representando uma aceleração em relação ao índice de novembro, que foi de 2,4%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (14) pelo Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos).

No acumulado dos últimos 12 meses de 2024, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Argentina foi de 117,8%, registrando um recuo em relação ao resultado anual de novembro, de 116%. O dado veio em linha com a previsão do governo, que esperava uma inflação mensal de 2,7% para dezembro, conforme apontou a REM (Pesquisa de Expectativas de Mercado) do BCRA (Banco Central da Argentina).

De acordo com o Indec, os setores que apresentaram as maiores altas foram habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (5,3%), impulsionados pelo aumento no aluguel de imóveis e nas despesas relacionadas à eletricidade, gás e combustíveis. Em seguida, destacou-se a divisão de comunicação (5,0%), devido aos reajustes nos serviços de telefonia e internet.

Por outro lado, os setores com menores variações em dezembro foram vestuário e calçados (1,6%) e equipamentos e manutenção do lar (0,9%), segundo informações do Valor.