A inflação na Argentina subiu 2,7% em outubro em relação ao mês anterior, marcando o menor aumento mensal em 2024 e o menor desde novembro de 2021, quando ficou em 2,5%. Em setembro deste ano, o aumento foi de 3,5%.
Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada foi de 193%, uma queda em relação à taxa anual de setembro, que foi de 209%, conforme dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos).
A desaceleração da inflação acompanha as projeções do relatório REM (Pesquisa de Expectativas de Mercado) do BCRA (Banco Central da Argentina), que esperava uma alta de 3% em outubro.
De janeiro a outubro, o índice acumulado foi de 107%, enquanto a inflação subjacente — que exclui itens voláteis como energia e alimentos — registrou um aumento de 2,9%. Entre os setores com maior aumento de preços no mês estão habitação, eletricidade, água, gás e outros combustíveis, segundo o Valor.
Milei fecha Receita Federal argentina para reduzir custos
O presidente argentino, Javier Milei (La Libertad Avanza), fechou a Administração Federal de Receitas Públicas (Afip), equivalente à Receita Federal. O anúncio foi feito em um comunicado do governo. De acordo com a nota, a dissolução ocorre em função da redução do Estado e da “eliminação de estruturas ineficientes”.
No lugar da Afip, o governo vai criar a Agência de Arrecadação e Controle Aduaneiro (Arca), com “estrutura mais simples, mais eficiente, menos custosa e menos burocrática”. Com o novo órgão, Milei promete reduzir 34% da estrutura atual.
Milei também vai demitir 3.155 agentes que “ingressaram de maneira irregular na Afip durante o último governo kirchnerista, o que equivale a 15% do quadro atual”, afirma a nota.
“A criação da Arca tem como objetivo a redução do Estado, a eliminação de cargas necessárias, a profissionalização do órgão, a destruição dos circuitos corruptos, a melhoria na eficiência da arrecadação e do controle aduaneiro, eliminando os privilégios do passado e otimizando a gestão pública”, reforçou o comunicado.