Após dois anos de uma forte crise, a economia da Argentina iniciou um processo de recuperação na segunda metade de 2024 e deve crescer 4% este ano, segundo estimativa da ONU (Organização das Nações Unidas).
Apesar da contração econômica de 3,3% registrada no ano passado, o relatório WESP (Situação e Prospectos da Economia Mundial) 2025 da ONU, divulgado nesta quinta-feira (9), aponta uma recuperação no consumo privado e um crescimento robusto nos investimentos.
“Medidas para desregulamentar o mercado de trabalho e fortes incentivos governamentais para projetos de grande escala — particularmente nos setores de energia renovável, agricultura, infraestrutura e mineração — devem estimular o investimento privado”, afirmou a ONU, de acordo com o Valor Econômico.
Contudo, o relatório ressalta que os indicadores de bem-estar da Argentina se deterioraram significativamente em 2024 devido à crise prolongada e às medidas de austeridade do governo de Javier Milei, com as taxas de pobreza atingindo níveis recordes superiores a 50%.
Fras-le aprova unificação de operações na Argentina
A unificação societária das operações da fabricante de autopeças Fras-le na Argentina entrou em vigor na quarta-feira (1), após ser aprovada por unanimidade pelos diretores da empresa. As informações são de ata de reunião dos diretores da Fras-le de 30 de dezembro de 2024.
Assim, a sociedade controlada Armetal está sendo incorporada à controladora Fras-le Argentina. Segundo a empresa, a mudança vai trazer vantagens operacionais e não vai ter impactos financeiros ou contábeis na Fras-le. Administradores autorizados das controladas ficaram responsáveis pelas ações necessárias para finalizar a incorporação.
Bolsa do país lidera valorização em dólar em 2024
O índice da Bolsa de Valores Argentina, o S&P Merval, registrou uma valorização de 114,91% em dólares em 2024, ficando na liderança entre os 21 indicadores financeiros analisados pela consultoria Elos Ayta.
O desempenho econômico do país, considerado uma recuperação milagrosa por alguns, foi o que impactou a performance da Bolsa Argentina no período, tendo registrado também o maior ganho em dólares desde 2003, quando valorizou 134,14%.
Enquanto isso, na linha oposta, o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, teve uma desvalorização de 29,92% em dólares no acumulado de 2024, marcando a maior queda anual desde 2015, quando o recuo foi de 41,03%, segundo a “CNN Brasil”.