Apelação

Argentina perde na Justiça do Reino Unido e terá de pagar 1,3 bi de euros

“Ela se tornou um Leviatã de múltiplos tentáculos que busca decidir o que cada Estado-nação deve fazer", disse presidente da Argentina

Javier Milei, presidente da Argentina
Javier Milei, presidente da Argentina / Foto: Divulgação

A Suprema Corte do Reino Unido rejeitou o pedido da Argentina para apelar da sentença que obriga o país a pagar 1,3 bilhão de euros, mais juros, pela manipulação dos dados do Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos) durante o mandato de Cristina Kirchner. O caso ficou conhecido como “títulos do PIB [Produto Interno Bruto]”.

A decisão deixa o país sem alternativas legais para tentar reverter o veredicto, que foi dado em abril de 2023, e autoriza os demandantes a executar a garantia de 313 milhões de euros que a Argentina depositou em março para seguir com o processo, encerrado nesta terça-feira (15).

O caso envolve a manipulação de estatísticas econômicas realizadas pelo governo argentino em 2014, que alterou a forma como o Indec calculava os resultados da economia e, consequentemente, os valores a serem pagos por títulos de dívida da Argentina, como apontou o “Valor”.

Em 2014, o governo decidiu mudar a metodologia de cálculo do crescimento econômico local. Após essa modificação, os títulos deixaram de pagar os rendimentos relativos aos resultados de 2013.

Milei chama ONU de ‘Leviatã’ e promete ‘agenda de liberdade’

O presidente da ArgentinaJavier Mile, criticou a ONU em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, chamando-a de “Leviatã”. Além disso, ele rejeitou o “Pacto para o Futuro” e prometeu, em seu lugar, uma “agenda de liberdade”.

Em seu discurso, Milei disse que a ONU (Organização das Nações Unidas) se tornou “imponente” em seu papel fundamental na prevenção de conflitos. Em seguida, ele atacou o Pacto para o Futuro, apresentado pelo órgão no domingo (22), classificando-o como “socialista” e declarou que a missão da ONU se tornou “distorcida”.

“Ela se tornou um Leviatã de múltiplos tentáculos que busca decidir o que cada Estado-nação deve fazer e como os cidadãos do mundo devem viver”, disse o presidente da Argentina, de acordo com o “InfoMoney”.