O prejuízo gerado aos cofres da Argentina com a greve geral que acontece nesta quinta-feira (9) pode chegar a US$ 544 milhões, estima o Instituto de Economia da UADE (Universidad Argentina de la Empresa).
De acordo com o estudo, o valor corresponde a 24,3% do volume financeiro que seria produzido em um dia útil normal de atividade no país.
De acordo com o jornal Ámbito, que divulgou o relatório, o cálculo assume que nem todos os setores e regiões vão perder igualmente durante a greve e que mesmo 20,1% do que foi inicialmente perdido poderá ser recuperado no mês.
A interrupção das atividades, um protesto contra o governo de Javier Milei, começou a meia noite desta quinta-feira e deve terminar às 23h59 do mesmo dia.
Segundo o jornal Clarín, o principal serviço afetado será o de transporte público – ônibus, metrô e trens. A Aerolíneas Argentinas também afirmou que nenhum voo será realizado, seja doméstico ou internacional. Estima-se que 700 voos serão interrompidos e, pelo menos, 90 mil passageiros serão afetados.
O jornal La Nación listou outros setores públicos que também irão aderir à greve geral: servidores públicos estaduais, trabalhadores de comércio e serviços, funcionários do setor bancário e, parcialmente, do setor de saúde.
Através de nota, o sindicato dos bancários disse que “a política econômica rigorosa adotada pelo governo nacional prejudica os trabalhadores e o povo como um todo, ao mesmo tempo que favorece descaradamente o grande capital, os grupos econômicos e o poder real”.
Em relação aos supermercados, shoppings e farmácias, a expectativa é de participação parcial na greve. Na educação, embora os sindicatos tenham aderido à paralisação, as escolas abrirão normalmente e caberá a cada profossor aderir ou não.