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Argentina registra oitavo mês de superávit primário em agosto

O governo da Argentina tem adotado medidas rigorosas de austeridade para enfrentar a crise econômica

Bandeira da Argentina
Bandeira da Argentina / Foto: Unsplash

Conforme dados do Ministério da Economia, divulgados nesta quinta-feira (19), a Argentina registrou o oitavo superávit fiscal primário consecutivo em agosto, de 899,66 bilhões de pesos (US$ 934,7 milhões).

O governo da Argentina tem adotado medidas rigorosas de austeridade para enfrentar a crise econômica.

As promessas do presidente Javier Milei incluem vetar qualquer projeto de lei que ameace o equilíbrio fiscal. Ele argumentou que os gastos de governos anteriores contribuíram para a inflação altíssima no país.

Milei afirmou, durante uma apresentação ao Congresso sobre o orçamento do ano que vem, que vai defender o compromisso de seu governo de manter o equilíbrio fiscal e vetar todos os projetos de lei que o ameacem, segundo a “CNN Brasil”.

As medidas rigorosas de austeridade para combater a inflação na Argentina foram adotas quando Milei assumiu a presidência, em dezembro. Ele considera inegociável um orçamento equilibrado.

O mandatário argentino ainda afirmou que só consideraria aumentar as despesas se os gastos em outros lugares fossem reduzidos na mesma medida.

PIB da Argentina cai 1,7% no segundo trimestre de 2024

PIB (Produto Interno Bruto) da Argentina caiu 1,7% no segundo trimestre de 2024, na comparação com o trimestre anterior, segundo dados do Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos) divulgados nesta quarta-feira (18).

Com esse resultado, a retração na atividade econômica da Argentina já chega a 3,4% no acumulado dos primeiros seis meses de 2024.

Na comparação anual, o PIB da Argentina também apresentou uma queda de 1,7% no segundo trimestre.

No aspecto das demandas, apenas as exportações tiveram um aumento entre abril e junho, em termos dessazonalizados, com 3,9%.

Por outro lado, o consumo privado caiu 4,1%, o consumo público cedeu 1,1% e a formação bruta de capital fixo diminuiu 9,1%.

Enquanto isso, a formação bruta de capital fixo apresentou a maior queda do PIB, em 29,4% na base interanual.