A Argentina registrou o primeiro superávit semestral desde 2008, de 6,9 trilhões de pesos, segundo o governo. No mesmo período do ano passado, o país registrou déficit de 708,603 bilhões de pesos.
Fontes oficiais informaram que o país teve um (US$ 529 milhões) em junho.
Em maio, a Argentina registrou superávit de 2,33 trilhões de pesos – cerca de US$ 2,57 bilhões – o maior desde que Javier Milei assumiu a presidência.
Já o resultado financeiro (incluindo os pagamentos do serviço da dívida) foi positivo em junho em 238,189 bilhões de pesos, contrastando com um déficit no mesmo mês do ano passado de 708,603 bilhões de pesos.
O superávit financeiro acumulado no primeiro semestre do ano, por sua vez, foi de 2,57 trilhões de pesos, e no primeiro semestre de 2023 foi registrado saldo negativo de 3,1 trilhões de pesos.
FMI diz que Argentina enfrenta ‘caminho difícil’ para sair da crise
O FMI (Fundo Monetário Internacional) destacou que a Argentina enfrenta desafios significativos e precisa fazer mais progressos para superar sua crise econômica, especialmente para proteger os setores mais vulneráveis, que suportam grande parte dos ajustes promovidos pelo governo do presidente Javier Milei.
Julie Kozack, diretora de comunicações do FMI, fez essas declarações na quinta-feira, 6, após o organismo multilateral reiterar elogios às políticas implementadas por Milei desde que ele assumiu a presidência argentina em dezembro de 2023.
“O caminho a seguir para a Argentina continua desafiador”, disse Kozack em entrevista coletiva na sede do FMI em Washington. “Aproveitar estas conquistas iniciais significa que as políticas terão de evoluir”, acrescentou, sem identificar essas conquistas.
O FMI está monitorando de perto “a delicada situação social na Argentina” e ressaltou a “necessidade de ampliar a assistência social para amparar os mais pobres”, afirmou a porta-voz.
Kozack destacou a importância de aprimorar a qualidade da consolidação fiscal para assegurar sua durabilidade e equidade, protegendo os mais vulneráveis.
Ela também afirmou que as políticas monetária e fiscal devem se desenvolver para controlar a inflação e proteger os avanços recentes. Considerou “prioritário” implementar reformas que removam obstáculos e fomentem o emprego formal e o investimento privado, além de ampliar o apoio político às reformas macroeconômicas.