Recorde

Argentina tem superávit de quase US$ 19 bi no 1º ano de Milei

O superávit comercial de 2024 superou o recorde anual anterior de US$ 16,89 bilhões, estabelecido em 2009

Argentina / Foto: CanvaPro
Argentina / Foto: CanvaPro

A Argentina reportou um superávit comercial recorde de US$ 18,9 bilhões em 2024, conforme apontaram dados divulgados nesta segunda-feira (20), que coincidem, em grande parte, com o primeiro ano completo do presidente Javier Milei.

O superávit comercial de 2024 superou o recorde anual anterior de US$ 16,89 bilhões, estabelecido em 2009, e ficou no limite superior da previsão de analistas consultados pela Reuters, que aguardavam um montante entre US$ 18 bilhões e US$ 19 bilhões.

A balança comercial mensal de dezembro registrou um superávit de US$ 1,67 bilhão, marcando 13 meses consecutivos em que o valor das exportações superou o das importações. Os dados de dezembro, de acordo com o InfoMoney, também ficaram acima do superávit de US$ 921 milhões esperados por especialistas.

Desde que Milei assumiu, no final de 2023, ele apostou no aumento das exportações de grãos e energia, juntamente com a redução dos gastos públicos, em uma tentativa de controlar a inflação.

Argentina fecha 2024 com superávit financeiro, o primeiro em 14 anos

O SPN (Setor Público Nacional) da Argentina registrou um superávit primário de 1,8% e um superávit financeiro de 0,3% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2024, informou o Ministério da Economia argentino nesta sexta-feira (17).

Luis Caputo, o ministro da Economia da Argentina, afirmou que este foi o primeiro superávit financeiro desde 2010, além de ter sido o melhor em 16 anos.

“Contudo, diferentemente desses períodos, o superávit financeiro atual foi alcançado mediante o cumprimento de todas as obrigações contraídas pelo Setor Público Nacional. O resultado fiscal hoje divulgado deve ser entendido como um marco na nossa história”, escreveu Caputo na rede social X.

O Ministério da Economia da Argentina, em publicação oficial, destacou que o resultado fiscal de 2024 decorreu de uma dívida flutuante em linha com a do final de 2023 em termos nominais, ou seja, com redução real de 52%.

“Além da racionalização dos gastos da Administração Nacional, destaca-se a consolidação efetuada nas empresas públicas – que permitiu que fosse registrado o primeiro mês de excedente operacional desde 2009 – e a dissolução de 19 fundos fiduciários para tornar a utilização dos recursos públicos mais eficiente”, pontua a pasta em nota, segundo a “CNN”.