A Receita Federal divulgou nesta quinta-feira (22) que a arrecadação federal registrou um aumento real de 9,55% em julho em relação ao mesmo mês do ano passado, totalizando R$ 231,044 bilhões.
No acumulado de janeiro a julho, a arrecadação atingiu R$ 1,530 trilhão, refletindo um crescimento de 9,15% em comparação com o mesmo período de 2023, já descontada a inflação.
De acordo com a Receita Federal, o crescimento na arrecadação durante o período é atribuído a diversos fatores, incluindo a evolução das variáveis macroeconômicas, o restabelecimento da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, a inclusão de tributos sobre fundos exclusivos e a atualização de bens e direitos no exterior.
Além disso, houve uma recuperação significativa no Rio Grande do Sul após a calamidade climática ocorrida em maio.
A receita previdenciária atingiu R$ 53,559 bilhões, marcando um crescimento real de 6,04%. Esse aumento é impulsionado pelo crescimento real de 5,81% na massa salarial.
Adicionalmente, a postergação dos pagamentos da Contribuição Previdenciária e do Simples Nacional para os municípios do Rio Grande do Sul afetados pela calamidade pública contribuiu para esse resultado.
O crescimento de 15% no valor das compensações tributárias relacionadas a débitos de receita previdenciária, comparado ao mesmo período do ano anterior, também contribuiu para esse resultado.
Receita Federal: taxação de fundos exclusivos impulsiona arrecadação
O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, declarou nesta quinta-feira (25) que o crescimento da arrecadação da União “está bem superior aos índices macroeconômicos”, já descontada a inflação.
A afirmativa de Malaquias ocorreu durante uma coletiva para comentar os números da arrecadação do governo federal referente ao mês de junho, divulgados na manhã desta quinta-feira.
Nos seis meses até junho, a arrecadação federal registrou aumento de 11,02% em termos reais, na comparação com o mesmo período de 2023.
Na coletiva, Malaquias mencionou como motivos para a expansão medidas adotadas pelo governo federal, como a taxação de fundos exclusivos e uma “atuação bem dinâmica da administração tributária” para a recuperação de capital devido por contribuintes.
Ele ainda afirmou, de acordo com o “Valor”, que a adoção do limite de compensações tributárias estabelecido pelo governo “está sendo efetivada”. Conforme os dados divulgados pela Receita, as compensações recuaram 5,36% neste ano até junho, para R$ 105,6 bilhões. “A trajetória de redução das compensações vai se manter”, pontuou.