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Assessor de Trump é nomeado governador do Fed

De acordo com o Federal Reserve, Miran foi empossado horas após sua nomeação ser divulgada pelo Senado, logo antes do início da reunião do Fomc sobre as taxas de juros.

Stephen Miran, novo diretor do Fed (Foto: reprodução/Wikipedia/ampliada utilizando IA)
Stephen Miran, novo diretor do Fed (Foto: reprodução/Wikipedia/ampliada utilizando IA)

Stephen Miran, um assessor do presidente dos EUA, Donald Trump, foi nomeado um dos governadores do Fed (Federal Reserve) nesta terça-feira (16), logo antes do início da reunião do Fomc sobre as taxas de juros.

De acordo com o Federal Reserve, Miran foi empossado horas após sua nomeação ser divulgada pelo Senado. Informações via Folha de Pernambuco e BeinCrypto.

O mandato do novo governador termina em janeiro de 2026, mas já representa mais uma voz alinhada a Donald Trump, um tempo atipicamente curto. Normalmente, os sete governadores do Fed têm mandatos de 14 anos, mas Stephen Miran entrou para substituir Adriana Kugler, que renunciou sob circunstâncias misteriosas em agosto.

A nomeação levanta questões sobre a independência do banco central dos EUA. Além dos repetidos ataques do presidente republicano contra os membros da instituição, entre eles, o chairman Jerome Powell, nas últimas semanas, Trump tem se dedicado à tentativa de destituir Lisa Cook.

Tanto Cook quanto Miran estão participando da reunião do Fomc que irá divulgar amanhã (17) a possível redução das taxas de juros dos EUA.

Trump volta à Justiça para demitir Lisa Cook

A Casa Branca reforçou no domingo (14) sua tentativa de demitir a diretora do Fed (Federal Reserve), Lisa Cook, ao apresentar um documento ao Tribunal de Apelações do Circuito de Washington.

No texto, o governo argumenta que a decisão do presidente Donald Trump, do Partido Republicano, de retirá-la do cargo é “por justa causa”.

O documento busca reverter a decisão anterior que havia impedido a demissão de Cook, apontando que a Constituição e a legislação vigente conferem ao presidente autoridade para nomear e remover diretores do Fed.

A Casa Branca sustenta ainda que a diretora não cumpriu determinados critérios de desempenho e que sua saída é necessária para a condução adequada da política monetária.

Lisa Cook, por sua vez, contesta a demissão e mantém uma ação judicial alegando que sua remoção não tem base legal e que seria uma interferência indevida na independência do Fed.

Especialistas em direito constitucional acompanham de perto o caso, que pode ter impacto significativo sobre a autonomia do banco central americano.