SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A centenária ACSP (Associação Comercial de São Paulo) inaugurou nesta terça-feira (31) um espaço para trabalho de startups no Centro da capital paulista.
Com área de 280 metros quadrados, a maior parte dedicada a um escritório aberto para trabalho, o espaço fica localizado na rua Boa Vista e foi batizado de Pateo 76. Trata-se de uma homenagem ao Pátio do Colégio, marco da fundação da cidade de São Paulo, que fica ao lado.
O projeto é realizado em parceria com Sebrae-SP, Ade Sampa, Oasis Lab e Bossa Nova Investimentos.
Segundo Alfredo Cotait Neto, presidente da associação, o investimento no espaço tem dois objetivos principais.
Em primeiro lugar, a associação quer apoiar a inovação a partir das empresas jovens e investir naquelas que se destacarem, a partir da escolha de um júri especializado, diz Cotait Neto.
Além disso, a entidade também quer que a experiência incentive a revitalização da região central de São Paulo -onde também fica a sede da associação- a partir do investimento em tecnologia.
Segundo o dirigente, o centro de São Paulo possui boa infraestrutura, facilidade de acesso e aluguéis baratos. Ele defende que a prefeitura ofereça benefícios fiscais, como redução de ISS (Imposto sobre Serviços) e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para empresas de tecnologia que se estabeleceram na região.
Também diz que, caso haja sucesso no Pateo 76, a ACSP poderá tanto ampliá-lo como também criar novos áreas do tipo. O centro para startups foi instalado em imóvel que já era usado pela associação.
Alessandra Andrade, Vice-presidente e coordenadora-geral do Conin (Conselho de Inovação) da
ACSP, diz que o Páteo 76 inicia atividades preparado para receber eventos presenciais e no formato híbrido, com equipamentos para gravação e transmissão de eventos.
A ACSP está com inscrições abertas até sexta (3) para seu primeiro programa de apoio a startups, chamado Hack Boost, também em parceria com o Sebrae-SP.
Serão selecionadas 20 empresas que ofereçam serviços para pequenos e médios negócios.
No programa, as empresas poderão buscar apoio de 35 conselheiros do Conin para superar desafios selecionados por elas, diz Andrade.
As empresas escolhidas receberão, ao final do programa, um selo de inovação da ACSP para ajudar a obter oportunidades de negócios.
Segundo Andrade, um desafio para startups que desejam fazer negócios com pequenas empresas é a dificuldade de serem percebidas pelos empresários como confiáveis.
“Queremos indicar que essas foram startups avaliadas e com consistência, para que ele possa consumir seus serviços”, diz.
A ACSP também irá lançar outros programas para apoiar empresas de tecnologia com formatos diversos, diz Andrade.