Com a nova onda de covid-19 na Europa, países do continente deverão aumentar suas medidas restritivas, cenário que pode impactar na retomada econômica global. Segundo uma análise da consultoria de saúde Airfinity, a Hungria, Bélgica e Holanda são os países que correm maior risco de futuros lockdowns.
Conforme o Estadão, nesta sexta-feira (19), as bolsas da Europa abriram em alta, mas fecharam em queda, após as novas restrições em alguns países em relação à circulação de pessoas, uma forma de conter a disseminação da doença. A Áustria, por exemplo, impôs lockdown e decretou a obrigatoriedade da vacinação para sua população a partir de 1º de fevereiro de 2022. A Alemanha também anunciou novas restrições.
O diretor para Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS), Hans Kluge, havia alertado sobre a nova onda de covid-19 nos 53 países da região, de acordo com o Valor Econômico. Para Kruge, se a trajetória de infecções continuasse, o continente poderia apresentar 500 mil mortes pela doença até fevereiro do ano que vem.
Com o cenário sanitário, o índice pan-europeu Stoxx 600 registrou queda de 0,33%, a 486,08 pontos. Em Londres, o FTSE 100 recuou 0,45%, a 7.223,57 pontos, o DAX caiu 0,38% em Frankfurt, a 16.159,97 pontos, e o CAC 40 cedeu 0,42% em Paris, a 7.112,29 pontos. Na Bolsa de Madri, o Ibex 35 teve perda de 1,68%, a 8.753,20 pontos. O PSI 20, por sua vez, perdeu 1,37%, a 5.501,97 pontos, em Lisboa.
Ações de companhias aéreas apresentaram queda, com perspectiva de redução da demanda de voos com a nova quarentena. Na contramão, ações de empresas que fornecem serviços de entrega de alimentos e comércio eletrônico apresentaram altas, por serem beneficiadas com as quarentenas.