Os gestores do Banco Central (BC) afirmaram que a autoridade monetária deve voltar a atuar por meio de swaps cambiais no mercado para suavizar o ajuste do overhedge no final do ano, estimado entre US$ 16 bilhões e US$ 18 bilhões. As informações são do Bloomberg.
Essa foi a maneira de intervenção escolhida para aliviar a pressão no ano passado, quando já ocorreu metade do ajuste esperado para o hedge dos ativos dos bancos brasileiros no exterior.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicou que vai prover a liquidez necessária, o que evita ajustes antecipados, segundo analistas. “Provavelmente vai ser preciso intervir para fazer frente a demandas pontuais do dólar no fim do ano”, disse Campos Neto na terça-feira.
A redução do overhedge passou a ser necessária depois que o governo publicou no final de março de 2020 a medida provisória que alterou a tributação de investimentos de bancos no exterior, com o objetivo de eliminar distorções.
No fim do ano passado, BC atuou com swaps cambiais para prover a liquidez necessária aos bancos de modo que cumprissem a adequação prevista para 2021. Mas ainda está prevista para o encerramento deste ano a outra metade desse ajuste, para 2022.
A zeragem de posições de overhedge implica compra de dólares, pois as instituições que detêm parte importante de patrimônio em moeda estrangeira no exterior fazem a proteção da variação cambial por meio de posições vendidas em dólar e compradas em real.
O Banco Central não comentou.