Banco Central

Bancos digitais lideram ganhos de lucratividade no 1º semestre, diz BC

Os bancos digitais se destacaram nesse cenário, com o ROE avançando para 19,1% no final de junho

Foto: Freepik
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A lucratividade dos bancos brasileiros apresentou melhora significativa no primeiro semestre de 2024, com destaque para os bancos digitais. A receita líquida de juros e serviços deve continuar em alta no segundo semestre, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (21) pelo Banco Central (BC).

De acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira, o retorno anual sobre o patrimônio líquido (ROE) do sistema bancário brasileiro subiu para 15,11% em 30 de junho, comparado a 14,23% no final de dezembro de 2023.

Os bancos digitais se destacaram nesse cenário, com o ROE avançando para 19,1% no final de junho — o mais alto entre os segmentos — em relação aos 11,45% registrados em dezembro.

O BC atribuiu esse aumento expressivo aos “efeitos positivos da alavancagem operacional por meio da rentabilização da base de clientes de algumas entidades e à menor pressão das despesas com provisões”. As informações foram divulgadas pelo portal InfoMoney.

Aiton de Aquino, diretor de supervisão do BC, afirmou em entrevista coletiva que os bancos digitais possuem um modelo de crédito “robusto”, destacando os níveis mais baixos de provisionamento em comparação aos instituições públicas e privados, o que reflete o nível de maturidade do setor.

Campos Neto: Bancos centrais devem focar nas mudanças climáticas

Os mandatos dos bancos centrais ao redor do mundo devem incorporar as mudanças climáticas, defendeu o presidente do BC (Banco Central do Brasil)Roberto Campos Neto, em evento do BIS (Banco de Compensações Internacionais) no sábado (9).

Com eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes e seus impactos à economia ainda subestimados, Campos Neto defende que o tema deve ser uma preocupação central. Os custos da transição verde também têm se mostrado maiores do que o esperadomas são necessários, destacou o presidente do BC.

Assim, ele afirma que os bancos centrais precisam pensar em formas de incentivar a transição verde. Um exemplo de medida citado foi a cobrança de um custo de capital maior a bancos com investimentos não-verdes.

Ele também mencionou o uso de políticas macroprudenciais, que minimizam riscos à economia em casos de crise.

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